A mesma praça, o mesmo banco… mas teve muita coisa que mudou na Praça Barão do Rio Branco, no Centro de Ponta Grossa, ao longo dos últimos anos. No encontro entre as ruas Saldanha Marinho e Augusto Ribas, ainda está a banca de revistas e uma árvore (guerreira) que parece ser a mesma de cerca de 40 anos atrás. Os postes de luz, com luminárias em formato de globo, deixaram de compor o cenário e foram substituídos pelos postes republicanos, assim como não está mais a cabine telefônica azul.
PG antes e depois
É o que mostra uma foto recentemente compartilhada no grupo Ponta Grossa Memória Viva, página mantida pelo Diário dos Campos e portal DCmais no Facebook. Outros elementos permitem curiosos comparativos com aquela que parece ser a cidade de Ponta Grossa no início dos anos 1980 e a atual PG de 2024.
A cabine telefônica em Ponta Grossa
A cabine telefônica azul, antes em destaque, agora é uma lembrança apenas para os mais velhos. Sim, até o início dos anos 1990, ainda era possível encontrar alguns desses exemplares de cabine telefônica na cidade. Com sorte, devidamente equipadas com exaustor e lista telefônica atualizada (o vandalismo não era algo tão comum àquela época). Era a transição entre esse modelo de telefonia pública, e os populares orelhões (hoje também em extinção devido ao uso massivo dos celulares).
O trânsito em mão-dupla
Da esquina, era possível ver o topo de uma das torres da Igreja do Rosário, hoje encoberta pelas copas das árvores mais ao centro da praça. O vendedor de picolés podia descansar o carrinho ao lado do meio-fio, sem se importar com o trânsito. Na Augusto Ribas o tráfego era de mão-dupla, mas não tinha o movimento intenso de veículos. Hoje, mesmo com tráfego em mão única, idosos e crianças precisam ter cuidado redobrado na travessia, mesmo que na faixa de pedestres.
Os anúncios
E por falar em faixas, a divulgação de eventos era comumente realizada com o uso de faixas fixadas nos postes. A coisa era tão corriqueira, que os eventos traziam apenas o dia de realização, sem mencionar o mês.
Mas o anúncio da peça de teatro Bonifácio Bilhões, com Lima Duarte e Armando Bogus, permite supor que o fotógrafo estava entre o final dos anos 1970 e início do anos 1980, no auge da apresentação dessa comédia. A população iria se dividir entre os que iriam ao teatro no Ponta e os que iriam ouvir a dupla Gilberto e Gilmar no “Canecão de Ouro”, cujo endereço, quase meio século após o anúncio, é mistério para a maioria dos ponta-grossenses.
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