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PG antes e depois: quando havia árvores a cada 10 metros

Cenário urbano de Ponta Grossa era mais verde nos tempos de foto em preto e branco

Rua Bonifácio Vilela, em Ponta Grossa, possivelmente nos anos 1960
Imagem: Grupo Ponta Grossa Memória Viva

Prestes a completar 200 anos, Ponta Grossa ainda tem como um dos desafios para os próximos anos o aumento da arborização em sua área urbana. Se hoje é difícil encontrar sombras nas vias públicas da área central, fotos antigas mostram que não foi sempre assim.

Uma foto compartilhada na última semana no grupo Ponta Grossa Memória Viva, mantido pelo Diário dos Campos e portal DCmais no Facebook, evidencia que as ruas da cidade já foram bem mais verdes. É claro que o registro compartilhado pelo colaborador Moisés Francisco é mais uma da categoria “colorizado digitalmente”. Ainda assim, a imagem dá dimensão de como o cenário se modificou nas últimas décadas, com mais prédios e menos árvores.

Prédios, muros altos, ponto de ônibus e nenhuma árvore. É a Bonifácio Vilela da atualidade / Foto: Google Street View

Colégio Regente

O registro é da lateral do Colégio Estadual Regente Feijó, a partir da Rua Bonifácio Vilela (veja aqui no Google Street View). É final de manhã, e as sombras das árvores se projetam, em média, a cada 10 metros, nos dois lados da via. A postagem não traz informações sobre autoria ou data, mas os próprios internautas apontam que seria nos anos 1960.

A foto também demonstra que houve necessidade de ampliação do colégio. O jardim foi, em parte, substituído por quadra esportiva. As salas de aula também avançaram, a ponto de o edifício ter que ficar colado à calçada. O gradil de metal deu lugar a muro mais alto.

Munição para a guerra

“O que fizeram com o jardim e esse muro se estendia pela quadra toda ? Pelos vistos, o prédio foi ampliado e ocupou parte desse espaço. Era lindo antes”, comentou Maria Lucia Madalosso. A respeito das árvores, Ivan Rocha acrescentou: “Toda a Rua Bonifácio Vilela era arborizada de ambos os lados. Não sei o nome da árvore. Ela produzia umas bolinhas duras e que nós, a piazada, usávamos como munição para fazer ‘guerra’ atirando (assoprando) essas bolinhas com um canudo. Eram as nossas zarabatanas! kkk…”. Provavelmente, ele se refere ao alfeneiro ou ligustro (Ligustrum lucidum), hoje considerada espécie invasora. Se as guerras de frutinhas foram a causa da retirada das árvores, não se sabe. Quem souber, que conte.

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