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PG antes e depois: BR-376 sem limite de velocidade

Corrida de carreteiras atraía os amantes da velocidade na década de 1960

Corrida de Carreteiras entre Ponta Grossa e Curitiba, na década de 1960

Imagine acelerar o automóvel e passar em velocidade máxima pelo trecho urbano da BR-376, em Ponta Grossa. Hoje, a velocidade máxima nas imediações do Distrito Industrial Sul é de 80 Km/h. Mas, houve uma época, em períodos específicos, que era possível sentir o máximo da velocidade no trecho: eram as corridas de carreteiras.

Corridas de carreteiras em Ponta Grossa?

Sim… Uma foto publicada no grupo Ponta Grossa Memória Viva, mantido pelo Diário dos Campos e portal DCmais no Facebook, congelou um instante dessas corridas. A imagem foi compartilhada pelo colaborador Moisés Francisco, sem precisar a autoria da foto e sem muitos detalhes sobre o contexto. Mas outros membros do grupo foram acrescentando informações, permitindo compor bem mais que uma legenda.

Corridas Curitiba e PG

“Isso é uma corrida de ‘carreteiras’. Eram assim chamados esses carros de passeio, depois de ‘envenenados’ e depenados para correr melhor”, diz Sergio Mello.

O termo “carreteiras” parece ser uma apropriação de “carretera” (estrada em espanhol). Isso porque após a conclusão da pavimentação asfáltica, a estrada que ligava Ponta Grossa a Curitiba foi liberada para a realização de corridas.

Assistindo às corridas de carreteiras

Ivan Rocha relata ter acompanhado uma dessas corridas de perto. “Creio que já era na década de 1960. A estrada totalmente asfaltada entre PG e Curitiba foi inaugurada em 1961. Lembro de ter ido num domingo pela manhã assistir à passagem dos carros, de cima de um barranco onde hoje tem um viaduto ferroviário, no Trevo Vendrami”. Segundo ele, a estrada era bloqueada só para a corrida. “Coisa inimaginável atualmente”, acrescenta, afirmando que esses carros faziam o percurso PG-Capital em 40 minutos.

Entre Curitiba e Apucarana

Geraldo Kasprzak acrescenta que, a partir de 1965, o trajeto da corrida aumentou. Consistia em ida e volta entre Curitiba e Apucarana. “Eu lembro da passagem dos carros no antigo trevo do Posto Presidente. Foi comemorativa à inauguração da rodovia do Café”, diz. “Isso mesmo” – acrescenta Ivan Rocha – “Até Apucarana só depois de 1965… Fui na inauguração da Rodovia do Café, em Alto do Amparo. Antes era apenas até PG. Ida e volta”.

E você? Lembra dessa época? Já ouviu falar da corrida de carreteiras?

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