A presença do Cruzeiro em Ponta Grossa criou expectativa em dezenas de torcedores nesta terça-feira (20). Vários apaixonados por futebol e curiosos passaram pelo Hotel Bourbon, onde o clube mineiro se hospedou e tentavam espiar pelas portas e janelas os ídolos do futebol. A busca principal era pelo técnico Luiz Felipe Scolari, de 71 anos, que assinou com a Raposa há menos de uma semana.
Um dos mais empolgados para ver o treinador pentacampeão mundial era Henrique Mathiel Corrêa Honesko, de 8 anos. Com a camisa alviceleste, o pequeno torcedor chegou cedo ao hotel para tentar ao menos uma foto. “Ele é cruzeirense desde os 4 anos de idade. Conhece tudo do time”, conta o pai do menino, Fábio Honesko – morador de Ponta Grossa.
Realizar o sonho não é uma tarefa simples. Henrique e o pai permaneceram por 3 horas em frente ao hotel, a poucas quadras do palco da partida, marcada para iniciar às 21h30. Nesse período conseguiram conversar com o auxiliar técnico Célio Lúcio, que retornava ao hotel logo cedo.
Por volta das 11h30 – dez horas antes da partida com o Operário pela Série B, o elenco cruzeirense desceu dos quartos. Felipão comandou a preleção. Antes da palestra, o goleiro Fábio – jogador que está há mais tempo no clube – parou para atender os fãs. Foi a oportunidade de Henrique Honesko estar ao lado de um dos ídolos.
Mas não era só o menino alviceleste que aguardava. O Cruzeiro e especialmente Felipão atraíram palmeirenses, corintianos e torcedores com a camisa da Seleção Brasileira. Todos curiosos e esperançosos por um momento com o ídolo. Porém, a comissão técnica e os demais jogadores optaram por manter a concentração e não apareceram no hall de entrada até o início da tarde.
Caminhada matinal
A presença ilustre de Luiz Felipe Scolari foi percebida por pedestres e motoristas que trafegavam pela região de Olarias logo no início da manhã. O técnico pentacampeão mundial optou por uma caminhada ao lado de integrantes da comissão técnica na Avenida dos Vereadores.
Nesse momento, um torcedor gravou o passeio. De dentro do carro, ele gritou: “É 7 a 1 para o Operário hoje”, e riu, em referência ao placar elástico que Felipão sofreu com a Seleção, na semifinal contra a Alemanha, pela Copa do Mundo 2014. Sem perder o humor, o treinador acenou respeitosamente.
A cena que ganhou as redes sociais gerou diferentes reações dos torcedores. Houve aqueles que gostaram da brincadeira de rivalidade sadia, enquanto outros optaram por enaltecer a carreira de Scolari, que é treinador desde 1982 e acumula conquistas nacionais e internacionais. A principal delas: o pentacampeonato mundial com a Seleção em 2002.