Já pensou em não precisar manobrar o carro para fazer uma ultrapassagem ou ter um automóvel que freie automaticamente para evitar um acidente? Pesquisadores de cinco universidades, incluindo a Tecnológica Federal do Paraná localizada em Ponta Grossa (UTFPR-PG) estão desenvolvendo dispositivos de segurança voltados a veículos autônomos através de um projeto que integra o programa Rota 2030, que visa a criar e aplicar novas tecnologias no setor automotivo brasileiro para gerar mais competitividade da produção nacional.
O estudo está sendo realizado através de uma parceria entre a UFPR-PG, Escola Politécnica da USP-SP, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP-SC, Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e localmente é coordenado pelo prof. Dr. Max Mauro Dias Santos, do departamento de Eletrônica da UTFPR-PG.
“Veículos autônomos são aqueles que substituem funções do motorista. Neste projeto que iniciamos na semana passada vamos desenvolver tecnologias para que todos os tipos de veículos tenham piloto automático ou cooperativo, que o permite assumir controle na hora de uma ultrapassagem, por exemplo”, explica o professor, que participa do comitê técnico nacional do Rota 2030.
“Queremos melhorar os dispositivos de segurança existentes e criar novos, baseados em análises estatísticas”, conta Santos, lembrando que sistemas criados na Europa, por exemplo, são adaptados para a realidade das vias de lá – e no Brasil a realidade é bem diferente.
O professor afirma que uma das ferramentas para se fazer isso é a virtualização das estradas – e, por isso, a equipe de pesquisadores vai rodar 50 mil km de rodovias brasileiras.
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Investimentos
O projeto tem como parceiras empresas como a Bosch, AVL, Vector Informatik, FCA, Mercedes, Renault, BMW e DAF, e algumas das montadoras cederão veículos para o projeto. Para a UTFPR-PG já estão confirmados quatro modelos: BMW 750, BMW X5, Renault Duster e um caminhão da DAF.
No total, somando as contrapartidas das empresas e das instituições de ensino e a captação do Fundep, R$ 1,39 milhão de recursos serão investidos apenas no trabalho realizado pela UTFPR-PG.
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DAF
Segundo o prof. Dr. Max Mauro a DAF Caminhões, indústria instalada em Ponta Grossa, é uma das maiores parceiras do projeto por ter interesse na tecnologia. Além de financiar parte do estudo a empresa também direcionou três funcionários para especialização nas universidade parcerias: dois estão fazendo Mestrado na UTFPR-PG e um está fazendo Doutorado na USP, sob a orientação do professor que coordena o projeto em Ponta Grossa.
O projeto
O “Projeto e Desenvolvimento Integrado de Funções de Segurança Assistida ao Condutor e Ambiente para Veículos Autônomos (SegurAuto)” integra o Rota 2030 através da linha temática “Desenvolvimento de dispositivos/sistemas de segurança ativa e passiva para passageiros e pedestres (Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista /ADAS).
Ele iniciou no último dia 19 e tem duração de 36 meses. “Durante esses três anos apenas as empresas parceiras terão acesso ao estudo, mas depois a tecnologia será aberta”, explica o prof. Dr. Max Mauro.
Rota 2030
Esta reportagem faz parte da série que retrata os projetos que representam Ponta Grossa no programa Rota 2030, iniciativa do Governo Federal que visa estimular o investimento e o fortalecimento das empresas brasileiras do setor automotivo por meio do desenvolvimento e da aplicação de novas tecnologias. A iniciativa abre oportunidades para as empresas do setor investirem no desenvolvimento e na aplicação de novas tecnologias, desenvolvidas por pesquisadores de universidades e instituição de ensino.
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