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Ponta Grossa desenvolve tecnologias pioneiras para o setor automotivo

Três projetos que envolvem universidades da cidade foram selecionados pelo “Rota 2030”, programa do governo federal que visa expandir o setor

(Foto: Arquivo DC)

Ponta Grossa está sendo representada com três projetos no “Rota 2030”, iniciativa do Governo Federal que visa estimular o investimento e o fortalecimento das empresas brasileiras do setor automotivo por meio de novas tecnologias. A iniciativa abre oportunidades para as empresas do setor investirem no desenvolvimento e na aplicação de novas tecnologias, desenvolvidas por pesquisadores de universidades e instituição de ensino.

Na prática, os objetivos são tanto desenvolver tecnologias brasileiras, para diminuir a necessidade de importações e consequentemente os custos, quanto aproximar os acadêmicos e pesquisadores da iniciativa privada.

“São seis linhas de pesquisa financiadas. O primeiro edital foi lançado no ano passado, quando inscrevemos 4 projetos e conseguimos ter 3 aprovados, que estão sendo contratados esse ano. Serão 5 anos de editais de R$ 200 milhões cada, e a nossa tendência é apresentar ainda mais projetos”, conta Nelson Canabarro, professor e assessor de Relações Empresariais no campus Ponta Grossa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR-PG), que está coordenando as ações internas da universidade.

“O campus está trabalhando para se tornar uma referência de pesquisa e desenvolvimento do setor automotivo, e isso favorece bastante o trabalho dos pesquisadores e relação com o mercado”, avalia Canabarro.

Histórico

O professor conta que o Rota 2030 é uma transformação do antigo Inovar-Auto, mas difere no uso da tecnologia obtida. “No programa anterior se fazia a pesquisa e ela era entregue para o financiador. Agora ela é aberta, toda a cadeia pode fazer uso”, afirma ele.

“O dinheiro sai da renúncia fiscal: para as empresas que aderirem uma parte da tributação que seria paga para o governo é investida em pesquisa”, explica Canabarro, contando que a DAF Caminhões, de Ponta Grossa, foi uma das empresas que procurou a universidade para investir no Rota 2030.

“O programa também prioriza projetos multi-institucionais, que tenham várias entidades juntas, isso porque diversifica as linhas de raciocínio e os perfis dos pesquisadores”, afirma o professor.

Projetos

Dentre os projetos selecionados, está o de “Recuperação de Moldes para Fundição Sob Pressão de Alumínio por Técnicas Avançadas de Manufatura”, coordenado pela UTFPR-PG e feito em conjunto com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e os campi de Curitiba e Londrina da UTFPR.

Outro deles é  “Pack de Baterias de Íons Lítio com BMS/”, também coordenado pela UTFPR-PG e que tem como parceiros a UTFPR Curitiba e os Senai de Curitiba e Londrina. O terceiro é o “Projeto e Desenvolvimento Integrado de Funções de Segurança Assistida ao Condutor e Ambiente para Veículos Autônomos (SegurAuto)”, coordenado pela Universidade de São Paulo (USP) e que conta com a participação da UTFPR-PG, UnB Gama e UFPE.

Juntos, eles angariaram mais de R$ 1,65 milhão apenas para o campus Ponta Grossa da UTFPR, entre investimentos em equipamentos e bolsas de estudo pagas aos pesquisadores.

Série de reportagens

Para apresentar os projetos que contêm a participação de pesquisadores das universidades ponta-grossenses o jornal Diário dos Campos e portal dcmais publica, nesta semana, uma série de reportagens detalhando cada um deles. Acompanhe nos próximos dias!

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