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Cohapar não recebeu notificação sobre afastamento de diretor

Foto: Divulgação

O Núcleo Ponta Grossa do Gaeco desencadeou a segunda fase da Operação Saturno na manhã desta sexta-feira (19). Segundo o Ministério Público do Paraná, além de dois mandados de busca, também seria cumprido mandado de afastamento do cargo de diretor jurídico da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), que é ocupado desde o final de 2019 por Dino Schrutt, ex-presidente da Prolar em Ponta Grossa. Contudo, em contato com a reportagem do dcmais, a Cohapar informa que ainda não recebeu qualquer notificação neste sentido.

Vinculada ao estado, a informação sobre o mandado de afastamento chegou a causar estranheza na Companhia, visto que as investigações do Gaeco se referem à atuação de Dino Schrutt no comando da Prolar e não possuem relação direta com a função que ocupa na Cohapar.

“A Companhia tomou conhecimento dos fatos pela imprensa e até o momento não recebeu qualquer notificação sobre o assunto. As investigações citadas tratam de situações ocorridas no âmbito da Companhia Municipal de Habitação de Ponta Grossa, a Prolar, sem qualquer vínculo com a Cohapar. Tão logo a companhia seja notificada formalmente sobre os fatos e seus detalhamentos, a diretoria procederá com as análises devidas e tomará as eventuais medidas necessárias”, diz via assessoria.

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Operação

A apuração é desdobramento da Operação Saturno, deflagrada em dezembro de 2020, que teve como foco supostos crimes praticados contra a própria Prolar e a Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) de Ponta Grossa.

Nesta nova fase – denominada Dômus –, a investigação busca esclarecer possível desvio de verbas públicas da Companhia, que originalmente foram depositadas pelos mutuários do Programa Minha Casa Minha Vida para pagamento de taxas de cartório, mas que, a partir de 2017, deveriam ter sido devolvidas aos beneficiários, uma vez que tiveram sua cobrança suspensa pelo governo. Também foi determinada pelo Juízo a indisponibilidade de bens dos suspeitos para eventual restituição ao erário.

A apropriação indevida desses recursos públicos, inclusive, foi constatada em procedimento administrativo pela própria Prolar, tendo os ex-diretores restituído parte dos valores aos cofres públicos depois de descoberto o desfalque.

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