Após contato da reportagem do dcmais, a Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar) emitiu nota sobre a fase Dômus, da Operação Saturno, desencadeada pelo Gaeco na manhã desta sexta-feira (19). A segunda etapa cumpriu dois mandados de busca na casa de ex-diretores da Companhia.
No comunicado, a Prolar enfatiza que está à disposição das autoridades. O mesmo ocorre com a Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), que foi alvo central da primeira fase da Operação.
“A Prolar está à disposição das autoridades, como vem sendo feito desde o início das investigações, assim como a AMTT, e ressalta que a Companhia não é objeto da operação do Gaeco, mas sim ex-diretores. Além disso, a Prolar já tem em andamento um processo administrativo destinado à apuração do caso que, após concluído, será encaminhado às autoridades competentes”, diz via assessoria.
Operação
A apuração é desdobramento da Operação Saturno, deflagrada em dezembro de 2020, que teve como foco supostos crimes praticados contra a própria Prolar e a Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) de Ponta Grossa.
Nesta nova fase – denominada Dômus –, a investigação busca esclarecer possível desvio de verbas públicas da Companhia, que originalmente foram depositadas pelos mutuários do Programa Minha Casa Minha Vida para pagamento de taxas de cartório, mas que, a partir de 2017, deveriam ter sido devolvidas aos beneficiários, uma vez que tiveram sua cobrança suspensa pelo governo. Também foi determinada pelo Juízo a indisponibilidade de bens dos suspeitos para eventual restituição ao erário.
A apropriação indevida desses recursos públicos, inclusive, foi constatada em procedimento administrativo pela própria Prolar, tendo os ex-diretores restituído parte dos valores aos cofres públicos depois de descoberto o desfalque.