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Gaeco cumpre afastamento de Dino Schrutt, ex-presidente da Prolar, da Cohapar

(Foto: Arquivo DC)

O advogado e ex-presidente da Prolar, Dino Schrutt, é um dos alvos da nova fase da Operação Saturno. O Núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, cumpre na manhã desta sexta-feira (19) dois mandados de busca e apreensão em investigação sobre possíveis crimes de peculato supostamente praticados por ex-diretores-presidentes da Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar).

Além das buscas, também é cumprido mandado de afastamento do cargo de diretor jurídico da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), que é ocupado desde o final de 2019 por Schrutt.

O advogado foi presidente da Prolar por seis anos. Schrutt é formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), também é especialista em Direito Público.

Em sua carreira já foi secretário de Administração e Assuntos Jurídicos e Procurador Geral do Município de Ponta Grossa, cidade na qual também presidiu o Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social.

A reportagem do dcmais busca contato com a defesa de Schrutt. Assim que o retorno for enviado à equipe, ele será publicado no portal.

Cohapar

Em relação à situação ocorrida nesta sexta-feira (19) em Ponta Grossa, a Cohapar esclarece: “a companhia tomou conhecimento dos fatos pela imprensa e até o momento não recebeu qualquer notificação sobre o assunto. As investigações citadas tratam de situações ocorridas no âmbito da Companhia Municipal de Habitação de Ponta Grossa, a Prolar, sem qualquer vínculo com a Cohapar. Tão logo a companhia seja notificada formalmente sobre os fatos e seus detalhamentos, a diretoria procederá com as análises devidas e tomará as eventuais medidas necessárias”.

Prolar

Em nota, a Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar) enfatiza que está à disposição das autoridades. O mesmo ocorre com a Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), que foi alvo central da primeira fase da Operação.

“A Prolar está à disposição das autoridades, como vem sendo feito desde o início das investigações, assim como a AMTT, e ressalta que a Companhia não é objeto da operação do Gaeco, mas sim ex-diretores. Além disso, a Prolar já tem em andamento um processo administrativo destinado à apuração do caso que, após concluído, será encaminhado às autoridades competentes”, diz via assessoria.

Operação

A apuração é desdobramento da Operação Saturno, deflagrada em dezembro de 2020, que teve como foco supostos crimes praticados contra a própria Prolar e a Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) de Ponta Grossa.

Nesta nova fase – denominada Dômus –, a investigação busca esclarecer possível desvio de verbas públicas da Companhia, que originalmente foram depositadas pelos mutuários do Programa Minha Casa Minha Vida para pagamento de taxas de cartório, mas que, a partir de 2017, deveriam ter sido devolvidas aos beneficiários, uma vez que tiveram sua cobrança suspensa pelo governo. Também foi determinada pelo Juízo a indisponibilidade de bens dos suspeitos para eventual restituição ao erário.

A apropriação indevida desses recursos públicos, inclusive, foi constatada em procedimento administrativo pela própria Prolar, tendo os ex-diretores restituído parte dos valores aos cofres públicos depois de descoberto o desfalque.

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