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Saiba o que levou a Prolar a ser representada em investigação do Gaeco

(Foto: Arquivo DC)

O alvo da Operação Saturno, comandada pelo Gaeco nesta semana em Ponta Grossa, não ficou restrito à CPI da Câmara de Vereadores, aos contratos do Estar Digital e à Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT). A Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar) também é representada nas investigações. Foi lá que teve inicio a relação entre a Cidatec Tecnologia e Sistema, dos empresários presos, e o poder público municipal.

Antes da Cidatec Tecnologia e Sistema, a empresa envolvida na relação era a Tecno Inovais Sistema de Informação – nome fantasia da DF System. Um dos sócios é Antônio Carlos Domingues de Sá, preso preventivamente nesta terça-feira (15). A organização era responsável pelo software Habicad, da Prolar, desenvolvido entre 2015 e 2016. O sistema é usado para gerenciar a fila da Companhia de Habitação.

Em 2016, o contrato entre a Prolar e a Inovais era de R$ 93,6 mil. Mas, no dia 16 de maio do ano passado, o Diário Oficial do Município apresentou uma renovação contratual, sem licitação, entre as partes. A atualização do software, objeto do vínculo, passou a custar R$ 322,4 mil por ano.

Apenas em 2018 a empresa, com o nome de RDF Educacional & Tecnologia, desenvolveu o Estar Digital para a AMTT. O contrato daquele ano tinha como preço total de R$ 597.680,00. O CNPJ da RDF Educacional & Tecnologia e da Cidatec Tecnologia e Sistema é o mesmo. O CNPJ da Tecno Inovais Sistema de Informação é outro, mas tem como sócio um dos empresários presos. Todas ficam na mesma sede, no Centro de Ponta Grossa.

No ano seguinte, em 2019, a RDF – agora com o nome de Cidatec Tecnologia e Sistema – foi contratada, sem licitação, para gerenciar e disponibilizar o licenciamento de plataforma tecnológica para comercializar os cartões de estacionamento. Nesse caso, 220 maquinetas do Estar Digital com o valor total de R$ 2,4 milhões.

O contrato é assinado pelo empresário Antônio Carlos Domingues de Sá e pelo presidente da AMTT, Roberto Pelissari, que cumpre prisão temporária.

Outro envolvido

Além dos sete presos, o Gaeco cita outros nove nomes. Entre eles está um sócio da empresa na mesma época da contratação do Habicad. Essa pessoa integrava o Conselho Fiscal da Prolar na época. Ou seja, haveria aí, em tese, um conflito de interesses entre o privado e o público, a partir das funções exercidas pelo citado.

Em 2016, o empresário foi o encarregado de apresentar o sistema Habicad no 1º Fórum de Habitação dos Campos Gerais. Posteriormente, segundo o Gaeco, esse mesmo empresário intermediou a contratação do Estar Digital em prol do grupo empresarial.

Por Felipe Liedmann

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