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Câmara mantém parecer contra PL que nomeava rua de Marielle Franco; PL é arquivado

Foto: Agência Brasil

A Câmara de Vereadores de Ponta Grossa votou pela manutenção do parecer contrário da Comissão de Obras, Serviços Públicos, Trânsito, Transporte, Mobilidade Urbana e Acessibilidade ao projeto de lei 28/21, de autoria da vereadora Josi do Coletivo (PSOL), cuja proposta era denominar de Marielle Franco a ‘Rua N° Sete’, em Uvaranas. O trecho fica entre a Rua Manoel Marques e a Rua Serra do Cadeado. Com o parecer mantido, o projeto foi arquivado, sem chegar a ser discutido.

O parecer da comissão, cujo relator foi Paulo Balansin, aponta as justificativas apresentadas para a homenagem não encontram os “requisitos de oportunidade, relevância, nem conveniência”. O parecer foi seguido pelo presidente da comissão, Filipe Chociai. Quinzinho Sansana (MDB), suplente de Julio Kuller e que ocupou o cargo durante um mês, não assinou o parecer. Por 12 votos contra cinco, a maioria dos vereadores decidiu pela manutenção do parecer contrário na sessão desta segunda-feira (31) e o PL foi arquivado. Antes da análisedo parecer, o vereador Julio Kuller (MDB) chegou a pedir a retirada do projeto para vistas por 15 dias, mas teve o pedido negado.

No pequeno expediente, a vereadora Josi do Coletivo repudiou a votação. “Rejeitar o PL é endossar o que a milícia fez contra Marielle; o que percebo é que ficaram bem à vontade fazendo isso. […]. Tinha que ser nesta Casa de Leis”, destaca. “O relator, que deu parecer contrário a um nome de rua que homenageia Marielle é o mesmo corregedor que arquivou denúncia contra rachadinha e assédio nesta Casa”, disparou Josi, ao se referir ao vereador Paulo Balansin. Em abril, Balansin, presidente da Corregedoria, anunciou o arquivamento de suposta prática de assédio e ‘rachadinha’ por parte do vereador Felipe Passos (PSDB), por falta de elementos de prova. “Qual foi o crime de Marielle? Qual acusação contra ela?”, questiona a Josi do Coletivo.

Marielle Franco foi uma socióloga e política brasileira filiado ao PSOL. Elegeu-se vereadora no Rio de Janeiro defendendo bandeiras do feminismo, dos direitos humanos e criticando intervenções militares em comunidades da capital carioca.

No dia 18 de março de 2018, a parlamentar foi executada com quatro tiros ao lado do motorista Anderson Pedro Mathias Gomes. O assassinato motivou reações nacionais e internacionais.

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