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Câmara analisa R$ 3,4 bi de investimentos das cooperativas em PG

Intercooperação agroindustrial pretende construir uma maltaria e uma queijaria na cidade

Novos investimentos vão formar um complexo industrial junto à unidade de laticínios da Frísia no Norte da cidade (Foto: Arquivo DC)

A Câmara dos Vereadores tem nas mãos a responsabilidade de aprovar – ou não – dois projetos que, juntos, podem formar um complexo industrial bilionário em Ponta Grossa. Trata-se dos protocolos de intenções de cooperativas agroindustriais para a construção de uma maltaria e de uma queijaria no imóvel que já sedia a unidade de laticínios da Frísia, na PR-151, km 316.

Ambos podem consolidar o Distrito Industrial Norte da cidade, que já conta também com uma planta fabril da montadora de caminhẽs DAF e aguarda a confirmação de outros investimentos, como da gigante Nissin, que produz macarrões instantâneos.

O projeto da maltaria entrou na Câmara no dia 24 de junho e ainda aguarda o parecer de duas comissões internas da casa legislativa – de Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização e de Agricultura, Pecuária, Indústria, Comércio, Turismo e Meio Ambiente. O prazo das duas finaliza hoje (4), já que receberam os documentos no dia 13 de julho, após o parecer favorável da Comissão de Legislação, Justiça e Redação.

Já o projeto da unidade de produção de queijos foi protocolado na Câmara na semana passada, no dia 27 de julho, e agora aguarda o parecer da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, que deve decidir até o dia 19 de agosto de aprova ou não o protocolo de intenções firmado entre as cooperativa e a Prefeitura Municipal.

A seguir, saiba mais sobre cada um dos projetos.

Queijaria

A Unidade de Produção Queijos é fruto da marca institucional Unium, formada pelas cooperativas Capal, Castrolanda e Frísia. A intenção é investir R$ 379,72 milhões na unidade, que ainda não teve detalhes como capacidade de produção e tipos de itens fabricados revelados.

Entre os incentivos fiscais oferecidos pela Prefeitura – e que agora esperam aprovação da Câmara de Vereadores – estão a isenção de ISS sobre as obras de construção civil do empreendimento, isenção de taxas administrativas incidentes durante o processo de instalação e isenção do IPTU incidente sobre as construções no prazo de 25 anos a contar da implantação da queijaria – o qual, para efeitos fiscais, se dará de 1º de janeiro de 2024 até 31 de dezembro de 2048 – e é válida apenas sobre a nova construção, permanecendo a incidência do tributo na terra nua.

Junto à maltaria, foi firmado como compromisso da iniciativa privada a construção de marginais de acesso e trincheiras em desnível com mão dupla na rodovia PR-151.

Queijaria em números

R$ 379.722.461 de investimento total estimado, sendo 63,5% para máquinas e equipamentos e 36,5% para a construção, instalações e serviços diversos.

1.636 empregos, sendo 66 diretos e 1.570 indiretos

R$ 12 milhões de ICMS anual estimado 

40 mil m² de terreno, sendo, 14 mil m² de área construída em 3 pisos, 6.500 m² de área da estação de tratamento de efluentes e 2 mil m² de estacionamento 

*O cronograma de investimentos pode sofrer reajuste de até 10% para mais ou para menos durante a obra

Maltaria 

A “Maltaria Campos Gerais” é fruto de uma parceria entre as cooperativas que formam a Unium e também da Agraria (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa) e Coopagrícola (Ponta Grossa). O seu investimento é avaliado em R$ 3 bilhoẽs, dividido em duas fases de R$ 1,5 bi cada: uma delas deve iniciar em setembro deste ano e ser finalizada em 2023 e a segunda tem previsão de início em 2028 e finalização em 2032.

A fábrica deverá produzir 240 mil toneladas de malte anualmente, volume que hoje corresponde a 15% do mercado nacional. Com as duas etapas em funcionamento a estimativa é de que mais de 6.150 mil empregos devem ser gerados, entre diretos e indiretos.

Entre os incentivos fiscais oferecidos pela Prefeitura – e que agora esperam aprovação da Câmara de Vereadores – estão a isenção de ISS sobre as obras de construção civil do empreendimento, isenção de taxas administrativas incidentes durante o processo de instalação, isenção de ITBI sobre a aquisição do imóvel e isenção do IPTU, tanto no período de pré-implantação do empreendimento – para efeitos fiscais, até 31 de dezembro de 2023 -, quanto o incidente sobre as construções no prazo de 25 anos a contar da implantação da queijaria – para efeitos fiscais, se dará de 1º de janeiro de 2024 até 31 de dezembro de 2048.

Em contrapartida, a maltaria terá que construir uma via marginal pública de mão-dupla na PR-151, no trecho desde a trincheira/viaduto (de preferência em frente à entrada da DAF) – que também deverá ser executado pelas cooperativas – até o trevo de acesso à nova indústria

Maltaria em números

R$ 3.000.000 de investimento total estimado, sendo 62,7% para máquinas e equipamentos e 37,3% para a construção e serviços de montagem.

6.150 empregos, entre diretos e indiretos, sendo 3.100 na primeira etapa e mais 3.050 na segunda.

R$ 200 milhões de ICMS anual estimado, sendo R$ 100 mi/ano na primeira fase e mais R$ 100 mi/ano adicionais na segunda

120 mil hectares de cevada a ser plantados pelos produtores na região, sendo 60 mil ha na primeira etapa e 60 mil ha na segunda

800.000 m² de terreno a ser comprado

105 mil m² de área construída, sendo 60 mil m² na primeira etapa, mais 45 mil m² na segunda, 70 mil m² de área da estação de tratamento de efluentes (metade em cada etapa) e 40 mil m² de estacionamento e pátio de caminhões (metade em cada etapa) 

*O cronograma de investimentos abrange as duas etapas e pode sofrer reajuste de até 10% para mais ou para menos durante a obra

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