Por Millena Sartori/dcmais
Hoje, se alguém rodar os 2,5 mil km pedagiados no Paraná, pagará R$ 408,20 às 27 praças existentes no estado. A partir de 2021 ou 2022, quando o estado tiver 3,3 mil km pedagiados e 15 novas praças – somando, portanto, 42 pedágios – o valor total será R$ 387,38. Isso é o que sugere o estudo aprovado pelo Ministério da Infraestrutura que propõe um modelo híbrido para o leilão das rodovias paranaenses, que deve acontecer ainda este ano ou no próximo.
Entre diversos pontos, como a criação de 15 novas praças de pedágios, execução de novos contornos, duplicações e demais obras de infraestrutura, o estudo também sugere o desconto que deve ser aplicado em cada pedágio existente hoje no estado, além da tarifa para os pontos que deverão ser criados.
Os descontos variam entre 21% e 65%, mas são apenas proposições do estudo, já que as reais tarifas são indicadas pelas empresas que concorrerão nos leilões – com o modelo híbrido sugerido, o leilão funciona da seguinte forma: as empresas apresentam suas propostas, contemplando menor tarifa e maior outorga. Caso nenhuma apresente outorga positiva, vence a menor tarifa de pedágio; caso uma ou mais apresentem outorgas positivas vence quem oferecer a maior outorga. Metade desse valor de outorga seria aplicado em obras no trecho ou na redução da tarifa e os outros 50% iriam para os cofres do Governo Federal.
A proposta ainda não está aprovada porque está em discussão entre deputados estaduais, que divergem sobre a adoção ou não deste modelo para a escolha das novas concessionárias.
Descontos específicos
O estudo sugere que dois tipos de usuários paguem tarifas diferenciadas. Um deles é aquele que faz uso de “tags”, as cobranças automáticas. Nesses casos, todas as categorias de veículos que fizessem o pagamento pelas tags teriam desconto de 5% sobre a tarifa de cobrança manual – mas é importante ressaltar que as tags são um serviço privado, e, apesar de algumas modalidades não terem cobrança de mensalidade, a maioria cobra um valor mensal para a sua utilização.
Outro desconto oferecido proposto pelo estudo é o voltado a usuários frequentes, “modelo em que se institui descontos de tarifas de pedágio para usuários frequentes, baseado na origem-destino da distância mais curta para cada praça de pedágio, de forma a promover um modelo tarifário similar ao sistema ‘pague por km’”, conforme cita o estudo. Nestes casos as tarifas diminuiriam progressivamente em uma porcentagem fixa dentro do mês.