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Hospital Evangélico pode ser reaberto para combate ao coronavírus

O Hospital Evangélico de Ponta Grossa, fechado em 2016 devido a problemas financeiros, pode ser reutilizado para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. A Sociedade Evangélica Beneficente, mantenedora do local, colocou a estrutura à disposição dos governos estadual e municipal como uma opção de base de atendimento de pessoas que vierem a ser alvo de suspeita e/ou contágio efetivo da Covid-19, doença causada pelo vírus.

“Entendemos que é muito mais fácil adequar uma estrutura já existente como essa do que construir um novo hospital de campanha, que é o que temos visto acontecer em outros lugares. Quando o Evangélico foi planejado, na década de 1960, e lembro que um dos motivos era construir um hospital para epidemia; por isso que os quartos são grandes, por exemplo”, afirma o vice-presidente da Sociedade, Álvaro Scheffer, destacando que quando em funcionamento, o local tinha capacidade instalada de 53 leitos, considerando a maternidade.

A reportagem do Diário dos Campos teve acesso ao ofício enviado na última segunda-feira (23) tanto à Prefeitura Municipal, quanto à Secretaria Estadual de Saúde, no qual consta que o complexo possui área construída de 2.520,6 m², dividida em três pavimentos. “Além da estrutura física, também colocamos à disposição todo o mobiliário, equipamentos e utensílios existentes”, afirma o documento assinado pela direção da Sociedade Evangélica Beneficente.

“Não temos condições de arcar com funcionários e equipe em geral, mas podemos ceder temporariamente, até o final da pandemia, toda a estrutura física”, afirma o presidente da entidade, Cassiano Ianke, afirmando que, até a manhã desta quarta-feira (25), a Prefeitura e o Estado não haviam entrado em contato com nenhum dos representantes do hospital.

O que diz o governo

Procurada pela reportagem do DC, a Prefeitura de Ponta Grossa afirmou, através da sua assessoria de imprensa, que o Município não pode abrir leitos sem a autorização do Estado. Também entramos em contato com o Governo do Estado através do Núcleo de Comunicação Social da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) e do chefe da 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa, Robson Xavier, que afirmou que a demanda não chegou até ele por ser uma questão conduzida pelo nível central.

Em nota, a assessoria de imprensa da Sesa afirmou que não há a definição de leitos exclusivos para a doença, “visto que os casos confirmados no Paraná são quadros leves e com isolamento domiciliar e a assistência à saúde continua com as outras situações e ocorrências”.

“O Paraná tem previamente preparados 4.406 leitos, sendo 2.782 leitos clínicos e 1.624 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para casos de pacientes graves infectados com o coronavírus. A Sesa está trabalhando constantemente para contratar e agregar mais unidades hospitalares e leitos tanto de UTIs quanto de enfermarias, para ampliar de forma gradual e escalonada a quantidade. Por isso, a tabela de hospitais, assim como a quantidade de leitos está em atualização frequentemente”, afirmou a nota.

Questionada especificamente sobre a avaliação da utilização ou não do Hospital Evangélico de Ponta Grossa, a Sesa não retornou até o fechamento desta reportagem.

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