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Cirurgião alerta sobre o ganho de peso após operação de redução de estômago

Uma palestra realizada na noite da última sexta-feira (18), em Ponta Grossa, pelo especialista em cirurgia bariátrica, professor titular da Universidade de São Paulo (USP) e diretor da Unidade de Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas em São Paulo, Marco Antônio Santo, alertou sobre o ganho de peso dos pacientes meses após a realização da operação de redução de estômago. O evento foi voltado para médicos e nutricionistas da cidade.

“A obesidade é uma doença complexa, crônica e de múltiplas vias que podem interferir na perda de peso do paciente após a realização do procedimento. Para nós especialistas é um grande desafio investigar qual a explicação quando ocorre o ganho de peso e definir então, da melhor maneira, um tratamento adequado para estas pessoas”, disse o especialista.

O especialista comenta que nem sempre uma nova cirurgia é indicada ao paciente que teve ganho de peso. “É muito bem selecionado e depende de cada situação. Por isso, realizamos tratamentos com medicamentos e estimulamos as atividades físicas. Muitas vezes, esse aumento não tem causa clara e a tendência é de que os casos aumentem, por isso, tentamos entender os principais motivos para combatê-los e termos sempre bons resultados”, comenta o especialista.

Para o gastroenterologista de Ponta Grossa, Fábio Milléo, mesmo que a cirurgia bariátrica seja uma ferramenta importante para a pessoa perder peso, é necessário a correção de alguns hábitos de vida para que ela não volte a engordar. “Aconselhamos muito um acompanhamento com nutricionistas para que esse paciente inclua uma nova cultura familiar em seu dia-a-dia. Não somente ele, mas toda a sua família. As pessoas estão muito sedentárias e também necessitam realizar atividades físicas, além de se alimentar saudavelmente”, comenta.

Números

Levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que cerca 82 milhões de pessoas apresentaram o Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou maior do que 25, número que indica sobrepeso ou obesidade. Isso representa que 60% estão acima do peso. O estudo mostrou também que existe uma prevalência maior de sobrepeso em mulheres (58,2%) do que no sexo masculino (55,6%).

De acordo com a pesquisa, o excesso de peso aumenta com a idade, de modo mais rápido para os homens, que na faixa de 25 a 29 anos chega a 50,4%. Contudo, nas mulheres, a partir da faixa etária de 35 a 44 anos a prevalência do excesso de peso (63,6%) ultrapassa a dos homens (62,3%), chegando a mais de 70,0% na faixa de 55 a 64 anos.

 


Palestra foi voltada para médicos e nutricionistas de Ponta Grossa. Foto: Divulgação/ Alessandro Azevedo

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