Um menino de dois anos morreu, na tarde de sexta-feira, na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Santa Paula, em Ponta Grossa. A causa da morte ainda é uma incógnita para a família, que exige uma explicação.
A mãe do pequeno Davi de Jesus Modesto, Crislaine Aparecida Porfírio Duarte, diz que o filho começou a passar mal no início da semana e antes de ser levado à UPA foi atendido três vezes no Hospital da Criança: a primeira na terça-feira, depois na quarta e, por último, na madrugada de sexta-feira. Os médicos falaram que ele estava com infecção de garganta. Da última vez, a médica ainda foi grosseira, nem deixou eu explicar os sintomas que ele tinha e receitou bezetacil e dipirona, que foram aplicados ainda no hospital, conta.
Depois de receber os medicamentos, a criança foi liberada, mas seu estado de saúde só piorou. Ele começou a suar bastante e a perder a firmeza nas perninhas. Nós o trouxemos para a UPA, por volta de 14 horas. Fizeram inalação, tentaram aquecê-lo e ele seria transferido para o Hospital da Criança, mas não deu tempo, lamenta Crislaine.
Posicionamento
A Prefeitura encaminhou uma nota à imprensa, neste sábado, explicando o procedimento adotado para o caso de Davi na UPA, mas não comentou o atendimento realizado no Hospital da Criança.
Segundo o texto, o menino deu entrada na UPA com sintomas de insuficiência respiratória e hipotermia. Por conta de seu quadro clínico grave, foi levado imediatamente para a área de emergência, onde recebeu os primeiros atendimentos dos pediatras de plantão e da equipe de enfermagem.
Contudo, o quadro clínico não teve melhora, devido a uma significativa quantidade de líquido já existente em seus pulmões. A equipe realizou todos os procedimentos cabíveis na situação, mas, mesmo assim, o paciente iniciou um processo de parada cardiorrespiratória. Foi iniciado então o protocolo de reanimação, que não evitou o falecimento do paciente.