Uma menina de três meses está internada no Hospital da Criança de Ponta Grossa desde quarta-feira com uma grave infecção de pele. A suspeita dos médicos é de que a pequena Valentina tenha desenvolvido a síndrome da pele escaldada ou necrólise epidérmica tóxica. De acordo com a mãe, Evelyn Santos da Rocha, a criança pode ter sofrido uma reação ao medicamento simeticona, indicado pelo médico que a atendeu na terça-feira. Ela estava com cólica e ele receitou simeticona e paracetamol, conta.
Evelyn diz que o resultado dos exames deve ficar pronto apenas na segunda-feira. Até lá, Valentina ficará internada em um quarto isolado. Ela está cheia de bolhas, chorando de dor e toda enfaixada, explica, acrescentando que a menina está recebendo remédios para combater a dor. Ela nunca teve problema, sempre foi saudável, destaca.
Sem especialista
Segundo a mãe, caso se confirme que menina esteja com pele escaldada ou necrólise, ela terá de ser transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em outro município, pois Ponta Grossa não possui especialista pediátrico na área de alergias de pele. Já tem um leito de UTI pediátrica reservada para ela em Londrina, revela.
A 3ª Regional de Saúde não confirma a reserva de vaga, que é feita pela Central de Regulação de Leitos da Secretaria de Estado de Saúde. De acordo com a diretora Scheila Mainardes, somente no momento em que o leito for requisitado é que será feita a reserva e não necessariamente em Londrina. Ela pode ir para outra cidade, assim como não necessariamente será por transporte aéreo. Isso quem vai definir é o médico regulador do dia, explica.
A assessoria de imprensa da Prefeitura diz que Valentina está sendo acompanhada por três médicos no Hospital da Criança e que o estado de saúde dela é grave, mas estável.
Confira no domingo!
O DC traz uma reportagem especial sobre como a falta de especialistas compromete o atendimento em UTIs de Ponta Grossa. Matéria apresenta levantamento sobre todos os leitos disponíveis no município e faz uma análise da situação atual.