O custo médio da cesta básica chegou a R$ 690,18 em Ponta Grossa, maior valor registrado na série histórica de cálculos do Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Nerepp/UEPG). O grupo considera 33 itens de primeira necessidade na conta. Há dois meses o valor estava em R$ 666,43, o que indica elevação de R$ 23,75 ou 3,5% no curto espaço de tempo.
Com a nova elevação, a cesta básica representa gasto de 62,74% do salário mínimo. A variação mensal caminhou no mesmo sentido, com aumento de 2,99%.
Dos 33 produtos que compõem a cesta, 20 ficaram mais caros, 12 mais baratos e 1 permaneceu com o mesmo preço nos últimos 30 dias. O grupo “Hortifrutigranjeiros”, que havia apresentado queda recente, teve a maior elevação: 5,43%.
Pesou no bolso do ponta-grossense a banana, que subiu 32,67%. Nenhum grupo de itens ficou mais barato no geral. Aquele que teve menor impacto foi o de “Limpeza”, subindo 1,25% no mês.
Quem amenizou a elevação e não deixou o preço subir ainda mais foi a cebola. O item que está nas saladas e temperos caiu 29,74%.
Carnes e alimentação
As carnes voltaram a mostrar aumento de preço. Variação de 4,04% no mês. Só a bovina subiu 5,9%. O grupo “Alimentação em Geral” teve elevação de 2,26%, com o pão ficando mais caro (+21,20%) e o leite mais barato (-11,39%).
Higiene e limpeza
No grupo “Higiene” da cesta básica, o produto que mais subiu foi o papel higiênico (11,17%), enquanto o dentifrício ficou mais barato (-3,66%). Nos itens de “Limpeza”, lavar roupa com amaciante ficou 7,02% mais caro. Por outro lado, a água sanitária diminuiu 9,41%.
O estudo
A pesquisa caracteriza o consumo básico de alimentação, higiene e limpeza de famílias com 3 membros em média, com renda de 1 a 5 salários mínimos. Os preços são coletados dos serviços de delivery dos supermercados da cidade.
O Índice Cesta Básica (ICB) não deve ser confundido como aferidor de inflação, além de ser exclusivo para representar as compras feitas em Ponta Grossa.