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PL do ‘kit covid’ passa em segunda discussão na Câmara de PG; veja como cada vereador votou

(Foto: Divulgação/CMPG)

Nesta segunda-feira, (19), os vereadores de Ponta Grossa votaram, em segunda discussão, o projeto de lei 35/2021, que prevê a disponibilização gratuita de kits de medicamentos para o tratamento precoce da covid-19 na rede SUS de Ponta Grossa durante o período de pandemia, o chamado ‘kit covid’. Na galeria, novamente pessoas acompanharam a votação, principalmente para demonstrar apoio em relação à matéria. O projeto foi aprovado, em segunda discussão, com 11 votos favoráveis, cinco contrários e uma abstenção e agora segue para análise do Pode Executivo, para sanção ou veto.

Projeto

O projeto prevê que a Prefeitura fique responsável por disponibilizar gratuitamente kits de medicamentos para o tratamento precoce aos pacientes com sintomas de covid-19, que possuam orientação médica com prescrição dos medicamentos como: hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, bromexina, nitazoxanida, zinco, vitamina D, anticoagulantes e/ou outros fármacos que venham a ser liberados e preconizados pelo Ministério da Saúde.

Encabeçado pelo bloco cristão da Câmara de Vereadores, o PL foi assinado por dez vereadores: Leandro Bianco (Republicanos), Felipe Passos (PSDB), Léo Farmacêutico (PV), Missionária Adriana (SD), Daniel Milla (PSD), Divo (PSD), Julio Kuller (MDB), Jairton da Farmácia (DEM), Paulo Balansin (PSD) e Joce Canto (PSC).

Discussão

Mais uma vez, o projeto gerou bastante discussão entre os vereadores, principalmente por vereadores que questionam a proposta. Dr. Erick (PSDB) rechaçou o ataque que vereadores da bancada cristã vêm sofrendo nas redes sociais, mas aponta preocupação com a imposição de uma lei que vai impor aos médicos um tipo de tratamento, que deve ser individualizado, “já que o remédio que serve para um não serve para outro”. Ele ressaltou ainda que cada instituição de saúde já vem adotando protocolos internos. “Se algum protocolo deve ser adotado, quem tem que decidir é a Secretaria de Saúde com a comunidade científica, não a Câmara de Vereadores”, frisa.

Josi do Coletivo (PSOL) novamente destacou que a ciência deveria prevalecer, ressaltando que não há consenso na comunidade médica sobre o uso dos medicamentos. “O projeto está sendo vendido como ilusão e falsa esperança; os médicos já podem receitar estes medicamentos”, voltou a ressaltar Geraldo Stocco (PSB), ao citar que o projeto era irresponsável.

Associação Médica de Ponta Grossa

A convite de integrantes do bloco cristão, idealizadores da proposta, o presidente da Associação Médica de Ponta Grossa (AMPG), médico há 34 anos, Francisco Pereira de Barros Neto, usou a tribuna e defendeu o uso do tratamento imediato contra a covid-19. Ele ressaltou a importância de investir na prevenção à covid-19, mantendo o uso de máscara, álcool em gel, entre outros. No entanto, no que se refere ao tratamento precoce, ele pondera que existe um grupo de médicos que prescreve medicamentos e um grupo que não prescreve este tipo de medicamentos. “O que a gente defende é a opção do médico em prescrever o medicamento”, aponta o médico.

Neto destacou que estatísticas apontam que cerca de 80% dos pacientes com covid-19 têm evolução boa contra a doença, sem maiores complicações causadas pelo vírus. “O objetivo ao dar aos médicos a opção pelo tratamento imediato contra a covid é empurrar ao máximo os pacientes para estes 80%”, aponta. “Você pode não ser a favor do tratamento precoce, mas para ser contra é preciso ter motivo muito forte para isso e não vi nenhum estudo que mostre malefícios do tratamento”, aponta.

Votação

Votaram favoráveis ao PL 35/2021, na segunda discussão, os vereadores Daniel Milla (PSD), Divo (PSD), Ede Pimentel (PSB), Filipe Chociai (PV), Leandro Bianco (Republicanos), Missionária Adriana (SD), Felipe Passos (PSDB), Pastor Ezequiel (Avante), Paulo Balansin (PSD), Léo Farmacêutico (PV) e Jairton da Farmácia (DEM).

Votaram contrariamente à proposta os vereadores Geraldo Stocco (PSB), Izaías Salustiano (PSB), Joce Canto (PSC), Josi do Coletivo (PSOL) e Julio Kuller (MDB).

Dr. Erick (PSDB) se absteve da votação. Não votaram o vereador Valtão (PRTB), licenciado, e o vereador Dr. Zeca (PSL), que justificou ausência à sessão por motivos de saúde.

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