Ponta Grossa chega nesta quarta-feira (12) ao sexto dia com 100% de paralisação no transporte coletivo. O dia inicia com greve dos colaboradores da Viação Campos Gerais (VCG), concessionária responsável pelo transporte coletivo em PG, mas uma audiência de conciliação acerca do dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre VCG, Sintropas – sindicato da categoria – e prefeitura de Ponta Grossa – marcada para as 10h30, pode colocar um fim ao impasse no transporte coletivo e à paralisação total, que acontece desde sexta-feira (7).
Em despacho publicado no dia 7, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, Célio Horst Waldraff, afirma convidou a prefeita Elizabeth Schmidt para participar da audiência de conciliação – que será remota – e que “a prefeita atendeu o apelo da Corte e das partes para auxiliar na negociação coletiva que também é do interesse do Município, poder concedente”.
Salários
Em relação ao pagamento dos salários aos trabalhadores, em despacho assinado nesta terça-feira (11), a juíza do trabalho substituta Christiane Bimbatti, da 3ª Vara do Trabalho de Ponta Grossa, afirma que realizou o comando de transferência dos últimos bloqueios realizados, e que tais valores ainda não estão disponíveis, uma vez que a ordem não surte efeito imediato; “comprovado o recebimento dos depósitos judiciais, façam os autos conclusos”. Na prática, o presidente do Sintropas, Luiz Carlos de Oliveira, o Luizão, afirmou ao dcmais, nesta terça-feira (11), que a decisão judicial não teve impacto sobre o pagamento dos salários; os cerca de 1,1 mil funcionários continuam com dois meses de salários atrasados.
Na última semana, a Justiça do Trabalho negou um pedido conjunto feito pela VCG e o Sintropas para liberar os recursos apreendidos por meio de bloqueio das contas bancárias da concessionária, para pagar os salários atrasados de março; a intenção era utilizar o sistema da empresa para agilizar os pagamentos. Diante da negativa, o Sintropas convocou a greve geral e na manhã de sexta-feira (7) impediu que os ônibus que iriam buscar os funcionários na madrugada saíssem da garagem da empresa. Segundo o sindicato, os serviços só voltarão a funcionar diante da quitação dos salários atrasados.
Desde o início de abril, 50% dos funcionários da VCG estavam paralisados e o transporte vinha operando com 50% da frota.