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Operário não vence o Londrina e amarga eliminação no Paranaense

Jean Carlo é travado pelo marcador na partida de volta entre Operário e Londrina. Foto: André Jonsson/OFEC

O Operário Ferroviário teve o sonho de chegar à decisão do Campeonato Paranaense interrompido na tarde desta terça-feira (6). Mesmo jogando a partida de volta da semifinal em casa, no Estádio Germano Krüger, o Fantasma sucumbiu diante do desfalcado Londrina. O Tubarão se deu ao ‘luxo’ de poupar sete titulares para a Série B do Brasileiro e, mesmo assim, segurou o empate por 1 a 1. Nem o técnico Roberto Fonseca veio a Ponta Grossa.

Como havia vencido o primeiro duelo por 1 a 0, o alviceleste está na final do Paranaense e pode repetir o feito de 2014, quando faturou a taça estadual. O Londrina aguarda o vencedor do confronto entre Athletico e FC Cascavel. Furacão e Serpente ainda não têm datas para os dois jogos semifinais.

Mudanças

O técnico Matheus Costa mais uma vez acabou criticado nas redes sociais pela torcida por conta da escalação. Desta vez, o comandante alvinegro optou por atuar com Odivan e Rodolfo Filemon no miolo de zaga, enquanto Fábio Alemão e Leandro Vilela formavam a dupla de volantes. Zagueiro de origem, Alemão também auxiliava a linha defensiva de acordo com o posicionamento da equipe.

Torcedores lamentaram a insistência em Rodolfo Filemon, que vem sendo alvo de críticas. Outra inconsistência apontada é a presença de dois volantes na partida em que o clube precisava obrigatoriamente da vitória. Anteriormente na temporada, Matheus Costa já havia escalado o time sem volantes de origem.

Gols perdidos

O primeiro tempo de Operário e Londrina foi bastante questionável. Não se assemelhava a jogo de mata-mata. As duas equipes criavam pouco e o Fantasma mais uma vez se mostrou dependente de cruzamentos na área e da bola parada. Ambos sem eficácia. Com a bola no chão, os jogadores pareciam apressados.

A partir da etapa complementar, o volume ofensivo alvinegro melhorou. Marcelo entrou na vaga de Rodolfo Filemon e mudou a característica de jogo. O Operário passou a pressionar, mas também a perder um caminhão de chances. Tomás Bastos (aos 3 minutos), Djalma Silva e Alex Silva (ambos aos 6), Felipe Garcia (aos 12), Schumacher (aos 13), e Jean Carlo (aos 16) desperdiçaram.

Do outro lado, o atacante Salatiel – acionado na segunda etapa – foi letal. Danilo cobrou escanteio na medida e o jogador alviceleste mandou de cabeça no canto de Simão, fazendo 1 a 0 e complicando as pretensões dos mandantes.

Com a ‘viola em cacos’, Matheus Costa fez quatro mudanças, colocando Rafael Oller, Pedro Ken, Leandrinho e Thomaz Santos. Deixaram o campo Leandro Vilela, Schumacher, Tomás Bastos e Jean Carlo. Nem as alterações deram o fôlego esperado. Os donos da casa só chegaram ao empate quando o cronômetro marcava 42 minutos. Rafael Oller tirou da marcação e rolou para Felipe Garcia balançar as redes.

Abafa

É inegável que ao final do duelo, com oito minutos de acréscimo, o Operário lutou. Fábio Alemão acertou o pé da trave, Odivan desperdiçou de cabeça na pequena área e Djalma Silva parou em defesa tranquila do goleiro Dalton. Novamente as chances não se concretizaram em gol e o Fantasma amarga mais um resultado negativo.

Sequência indigesta

O Operário não vence há cinco jogos. São três empates e duas derrotas. Nesta série estão a goleada de 5 a 0 para o Náutico e agora a eliminação no Estadual. Situações que deixam a torcida insatisfeita. Antes mesmo da semifinal contra o Londrina, o clube foi alvo de protestos. A cobrança tende a se intensificar nos próximos dias.

Os resultados não estão aparecendo nem mesmo dentro do Germano Krüger, onde o Fantasma ficou sete meses invicto. Inclusive, o próximo compromisso da equipe é novamente em Vila Oficinas. Neste sábado (10), o Operário recebe o Brasil de Pelotas, às 11h da manhã, pela 10ª rodada da Série B. O alvinegro ocupa o 10° lugar, enquanto o Xavante abre a zona de rebaixamento, em 17°.

Ficha Técnica

Operário: Simão; Alex Silva, Odivan, Rodolfo Filemon (Marcelo) e Djalma Silva; Fábio Alemão, Leandro Vilela (Rafael Oller) e Tomás Bastos (Leandrinho); Jean Carlo (Thomaz Santos), Felipe Garcia e Schumacher (Pedro Ken). Técnico: Matheus Costa

Londrina: Dalton; Luan Marchiori (Bidia), Lucas Costa, Zé Pedro e Felipe Vieira; Pedro Cacho, Matheus Bianqui (Wllian Correia) e Danilo (Celsinho); Douglas Santos (Salatiel), Juan Matos e Orobó. Técnico: Roberto Fonseca

Gols: Salatiel (Londrina) aos 17 minutos e Felipe Garcia (Operário) aos 42 minutos do 2° tempo.
Cartões amarelos:
Rodolfo Filemon, Fábio Alemão, Odivan e Alex Silva (Operário); Luan Marchiori, Lucas Costa, Zé Pedro e Felipe Vieira (Londrina)

Local: Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa
Arbitragem: Rodolpho Toski Marques (Quatro Barras) auxiliado por Zacarias Chumlhak (Guarapuava) e Tom Gomes Rocha (Curitiba)

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