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Ônibus de PG percorrem maiores quilometragens do estado

Possivelmente, na próxima semana, a prefeitura deve anunciar como ocorre a recomposição do Conselho Municipal de Transporte (CMT) de Ponta Grossa. Com a recente saída de integrantes, o conselho ficou sem quórum para dar continuidade à votação sobre o reajuste da tarifa de ônibus na cidade, que vem sendo adiada desde fevereiro.

Historicamente, o usuário dos sistema sempre acha que o serviço é ruim e que a tarifa é muito alta. Enquanto que empresa e prefeitura receiam que o preço da passagem não cubra os custos do serviço. No último reajuste, em fevereiro de 2018, já se cogitava um possível colapso no sistema do transporte público, devido às gratuidades, ao fato de o número de passageiros vir diminuindo, e de o reajuste não ter seguido orientação técnica.

As planilhas da Viação Campos Gerais (VCG), empresa que realiza o serviço em Ponta Grossa, teriam apontado, naquele ano, que o reajuste ideal deveria chegar a R$ 3,99. O CMT sugeriu R$ 3,80, apenas 10 centavos a mais que o valor anterior, e que permanece até hoje, no aguardo do novo reajuste.

No esforço por apresentar um panorama geral de como é o serviço oferecido no município, o Diário dos Campos fez um levantamento de alguns dados sobre transporte público nas maiores cidades do Paraná.

 

Frota

Ponta Grossa possui a terceira maior frota do estado. São 217 ônibus. Logo atrás de Londrina com 379 ônibus e Maringá, que possui 267 veículos. No entanto, a área territorial de Ponta Grossa é de 2.054 quilômetros quadrados. A de Londrina, 1.652 quilômetros quadrados. Enquanto que Maringá tem 487 quilômetros quadrados, segundo dados do IBGE. Por isso se comenta que a cidade de Ponta Grossa é “espalhada”. Além de existirem vilas novas instaladas longe do centro urbano, há casos como do distrito de Guaragi, que fica a cerca de 25 quilômetros do terminal de Oficinas, mas realiza o transporte pelo mesmo valor de tarifa praticado pelas outras linhas, embora em horários diferenciados.

 

Passageiros

A grande polêmica a cada reajuste em Ponta Grossa é a incerteza sobre o número de passageiros transportados. Entre os municípios pesquisados, apenas Ponta Grossa não apresentou uma estimativa. Informou que, em julho, o dia de maior movimento registrou 103.130 giros de roleta. Mas isso não corresponde a cada usuário. A prefeitura diz que o cálculo, atualmente, é impossível de ser verificado. O mesmo ocorrendo no quesito gratuidades. Entre os demais municípios, Cascavel afirma ter maior número de passageiros diariamente, com 168.148 pessoas, seguido de Londrina (93,7 mil) e Maringá (86,6 mil), conforme dados repassados pelas assessorias de imprensa.

 

Quilometragem

No quesito deslocamento, Ponta Grossa estaria no topo do ranking, percorrendo 45,9 mil quilômetros diariamente, provavelmente em decorrência da distância entre as vilas. Além do trajeto percorrido, a topografia de Ponta Grossa, cheia de altos e baixos, resultaria em consumo maior de combustível e desgaste maior de peças, segundo argumento normalmente apresentado pela empresa em período de reajuste. Londrina não informou a média de quilometragem percorrida. Maringá teria uma rotina parecida com a de Ponta Grossa em termos de quilometragem.

 

Pontos

No item “conforto durante a espera”, Londrina diz ter 96% de seus 2.600 pontos com cobertura. Percentual parecido com o de Foz do Iguaçu. Em Ponta Grossa o número de pontos é maior, mas apenas cerca de 45% deles possui cobertura, segundo informou a AMTT nesta semana. Embora, no ano passado, o mesmo órgão tenha informado que eram 34% os pontos com cobertura, e não tenha sido divulgada aquisição de novas coberturas, prevista para ocorrer neste ano.

 

Preço

Três dos seis municípios pesquisados não tiveram reajuste neste ano. Desses, a maior tarifa é de Londrina (R$ 4,25), embora tenha ocorrido em dezembro de 2018. Entre os demais, Maringá conta com tarifa de R$ 4,50, nos casos de uso do cartão na modalidade avulsa. Pagamentos em dinheiro já não são aplicados no sistema de Maringá. Em Ponta Grossa, existe a previsão de que o valor fique acima de R$ 4,00.

 

Gratuidades

Ponta Grossa não soube informar a média diária de passageiros isentos no sistema. A cidade realizou, recentemente, um trabalho de maior fiscalização do uso dos cartões pela população que tem direito à gratuidade. Alguns benefícios foram suspenso pelo uso inadequado. Em Maringá, que tem a maior tarifa pesquisa, os isentos chegam a 30% dos usuários/dia.

 

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