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Madero cancela entrada na Bolsa de Valores brasileira

(Foto: Arquivo DC)

A rede de restaurantes Madero, que tem fábrica em Ponta Grossa, oficializou nesta quarta-feira (26) que não vai abrir capital na Bolsa de Valores brasileira (B3). A Companhia confirmou o cancelamento do pedido de registro da oferta pública de ações (IPO, da sigla em inglês). Entretanto, o Madero afirma em comunicado que realizar o IPO ainda está nos planos da empresa.

No início de novembro do ano passado, a Companhia já havia decidido suspender o processo pelo menos até o final de 2021. Na época, a instabilidade do mercado teria atrapalhado a continuidade do projeto de entrada na B3.

Segundo o Estadão, o Madero, comandado pelo chef paranaense Júnior Durski, conseguiu naquele mesmo mês um aporte de R$ 300 milhões de um de seus sócios: o fundo americano Carlyle. Essa investida deu fôlego financeiro para o primeiro semestre de 2022. Em meio à pandemia, a rede de restaurantes viu as dívidas saltarem para R$ 1 bilhão.

Diante deste cenário, a oferta pública de ações do Madero fica em standby para outras oportunidades financeiras.

Madero na Bolsa de Valores e seus planos de expansão

O Madero pretendia ser avaliado em R$ 7 bilhões e levantar R$ 1,2 bilhão com a oferta de ações próprias na Bolsa de Valores brasileira. Isso faria com que parte desses recursos fosse investido em Ponta Grossa, onde fica a sede da empresa.

De acordo com o pedido, os valores líquidos seriam divididos pela metade, sendo 50% destinado para o pagamento de contratos financeiros e os outros 50% para investir na expansão de novos restaurantes, renovação da frota e cozinhas centrais – e como grande parte da frota é emplacada na cidade, que também sedia as cozinhas centrais que produzem alimentos para todos os restaurantes, uma parcela expressiva do valor seria aplicada localmente.

Em maio do ano passado o empresário Júnior Durski já havia anunciado investimentos de R$ 1 bilhão na planta fabril do Grupo, localizado no Distrito Industrial da cidade, para a construção de uma fábrica de compostagem, uma de containers e de um segundo complexo fabril.

Cancelamento de IPO não é exclusividade do Madero

Além do Madero, outras 13 empresas cancelaram recentemente a entrada na Bolsa de Valores brasileira. A maior parte delas tem aversão aos riscos do cenário econômico. A alta taxa de juros, por exemplo, encaminha os investidores para a renda fixa.

Nesta semana também foram anunciados recuos da ISH Tech, de cibersegurança no Espírito Santo, e da Corsan, estatal de saneamento do Rio Grande do Sul.

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