em

“Já sinto que voltei a enxergar, estou me sentindo feliz”

A manhã de sexta-feira (3) foi de alegria para muitos pacientes que sofriam de catarata. O clima era de expectativa na sala do pré-operatório do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais. Muitos que estavam ali aguardavam ansiosos pela cirurgia de correção da doença. A cada cinco minutos, mais um era chamado para entrar na sala do centro cirúrgico, organizada especialmente para a realização do mutirão de cirurgias que começou na última quinta-feira (2) e se estenderá até este domingo (5).

 

Daniel Calvo
Média de 130 cirurgias estão sendo realizadas por dia

 

“Ainda nem acredito que estou aqui. Estou feliz, principalmente, por não precisar ir até Campo Largo fazer a cirurgia”, disse a paciente Marlene Sousa Gouveia, 67 anos, que seria a próxima da fila para realizar o procedimento.

A equipe de reportagem do DC acompanhou o mutirão do hospital durante a manhã de sexta. Na chegada ao hospital, já foi possível deparar-se com muitas pessoas saindo de óculos e com um ‘ar’ que representava alívio. Este é o sentimento descrito pela dona Georgina Ferreira, 55 anos. “Eu já não tinha mais qualidade de vida. Enxergava tudo embaçado e mal conseguia ler os bairros em destaque nos ônibus. Agora sei que tudo vai melhorar”, comemorou.

Já no pós-operatório, pacientes que aguardavam para ir pra casa conversavam entre eles sobre os planos futuros após a correção da catarata. Paulo César Lass, 56 anos, era um dos que mais comemoravam na sala. “A catarata afetou o meu trabalho. Sou assistente técnico de máquinas de costura e você imagina a dificuldade que eu tinha de passar um fio na agulha? Agora já sinto que voltei a enxergar, estou me sentindo feliz”, destacou.

Cirurgias

Cada cirurgia durou, em média, entre cinco a dez minutos, e foi realizada simultaneamente na mesma sala com dois pacientes ao mesmo tempo. Após cada procedimento, todos receberam um kit com um óculos de proteção e colírios. Todos deverão retornar ao hospital dentro de alguns dias para novas avaliações.

No primeiro dia do mutirão, ocorrido no dia 2, foram realizados 136 procedimentos cirúrgicos. De acordo com o diretor do hospital, Everson Krum, a média deverá se manter ao longo dos próximos dias. “Estou vendo o mutirão como uma experiência maravilhosa. Eles estão voltando a enxergar e voltando a ter hábitos que eram impedidos pela doença”, disse.

“Nós já conversamos com diversos pacientes que nos contaram que aguardavam para se aposentar por conta da doença e, depois da cirurgia, já estão pensando novamente em voltar ao trabalho”, comemorou a enfermeira Caroline Simionato, chefe de enfermagem do Regional.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.