em

Emater mostra solução para reduzir uso de agrotóxico na soja

A Emater, em parceria com a Embrapa, estão realizando mais uma edição do chamado Giro Técnico pelo Estado, reunindo profissionais da área agronômica e sojicultores para apresentar tecnologias de produção capazes de dar ainda maior competitividade à cultura da soja. Serão 23 encontros com a participação de cerca de mil pessoas. Na região, o evento acontecerá em Reserva (11 de dezembro) e Palmeira (12 de dezembro).

Segundo o coordenador estadual do projeto Grãos da Emater, Nelson Harger, os eventos de campo são a oportunidade de apresentar o resultado do trabalho em parceria com a Embrapa e outros 294 agricultores colaboradores, cujas propriedades são denominadas unidades de referência na aplicação de boas práticas agrícolas na cultura da soja.

Uma das práticas orientadas é o manejo integrado de pragas que permite ao agricultor diminuir em 50% o número de aplicações de inseticidas, o que pode gerar uma economia média de quatro sacas de soja por alqueire.

Pelos resultados da última safra, enquanto os sojicultores paranaenses fizeram, na média, 3,7 aplicações durante todo o ciclo da cultura, os produtores assistidos pela Emater realizaram apenas duas pulverizações, também em média, sem comprometer a produtividade das plantações, comenta Harger.

O engenheiro agrônomo explica que para colocar em prática o manejo integrado de pragas na cultura da soja o produtor também não precisa gastar mais.

“Ele terá apenas que acompanhar semanalmente sua plantação, fazendo o levantamento de todos os insetos presentes, sejam eles pragas ou predadores dessas pragas, e a avaliação da desfolha da planta. É com base nesses dados é que ele e seu técnico decidem pelo melhor momento da aplicação”, disse Harges.

Seguindo esse critério, detalha o coordenador, o agricultor vai fazer o controle químico no melhor momento e evitar aplicações desnecessárias. “Isso é importante na manutenção de um melhor equilíbrio entre as pragas e seus inimigos naturais, com redução nos custos de produção”.

Com o manejo de praga o produtor também retarda o início das aplicações. “Na média, nossos sojicultores colaboradores só fizeram a primeira aplicação de agrotóxicos aos 70 dias depois da germinação das plantas, enquanto que os demais entraram na lavoura com as máquinas para a primeira pulverização 30 dias antes, ou seja, aos 40 dias depois da germinação da cultura.

Inscrição

Agricultores e técnicos interessados em participar dos eventos em Reserva e Palmeira podem obter mais informação nos escritórios da Emater

 

Ferrugem traz preocupação

A ferrugem é outro problema que preocupa o sojicultor. A doença causada por um fungo pode comprometer seriamente a produtividade da cultura. Por isso, muitos sojicultores, para não arriscar seu investimento, optam por controles antecipados e muitas vezes sem saber se a doença já está presente no campo.

Para melhorar a qualidade desta informação, a Emater, em parceria com a Embrapa, vai monitorar a entrada e a dispersão do fungo causador da ferrugem, instalando nas propriedades de referência os coletores de esporos. São cerca de 130 equipamentos e as informações das datas do aparecimento dos primeiros esporos de cada coletor estarão disponíveis no site do consórcio antiferrugem http://www.consorcioantiferrugem.net

Hanger explica que com essa medida o sojicultor vai iniciar o controle químico com fungicida quando necessário, ou seja, quando identificada a presença do fungo na plantação e as condições do clima estiverem favoráveis ao desenvolvimento da doença. “É importante ressaltar que essa informação será útil para os demais produtores e técnicos na decisão de iniciar ou não o controle químico”.

De acordo com o técnico, os produtores assistidos pela Emater e que colocaram em prática o manejo integrado de doenças fizeram na safra 2016/17 uma aplicação a menos, se comparado aos demais sojicultores do Estado, com economia média no custo de produção de 4,5 sacas de soja por alqueire, somando custo do produto e da aplicação.

“Somando os resultados obtidos através dos manejos integrados de pragas e de doenças temos uma possibilidade de melhoria na renda ao produtor de 8,5 sacas de soja por alqueire, o equivalente a mais ou menos R$ 500,00 por alqueire. Se expandirmos esse resultado econômico das propriedades de referência para o total da área plantada no Estado, chegamos a um valor em torno de R$ 1 bilhão de economia, o que é muito significativo”, acrescenta.

Encontro acontecerá em 23 municípios do Paraná (Foto: Divulgação)

 

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.