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Investimentos podem consolidar novo Distrito Industrial no norte de Ponta Grossa

Cooperativas pretendem construir maltaria avaliada em R$ 1,2 bilhão e Nissin estuda instalação de unidade na cidade

Indústria de queijos será construída junto à unidade da Frísia localizada na PR 151 (Foto: José Aldinan)

Pelo menos dois grandes investimentos industriais estão fase avançada de negociação para se instalaram em Ponta Grossa: a Nissin, gigante japonesa produtora de macarrões instantâneos, e uma maltaria, fruto de uma parceria entre quatro cooperativas paranaenses. Ambas as empresas pretendem se instalar nas proximidades da PR-151, rodovia que liga a cidade à Carambeí, o que pode consolidar a criação do Distrito Industrial Norte, que já conta com outras grandes indústrias como a Frísia Cooperativa Agroindustrial e a DAF Caminhões.

A Nissin Foods, fabricante de marcas como Miojo Lámen e Cup Noodles, já vem negociando com o Governo do Estado há algum tempo e intensificou as conversas no início desse ano quando, em janeiro, se reuniu com a Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Japão do Paraná e representantes de municípios da região de Ponta Grossa e de Curitiba para discutir possíveis locais para a sua instalação.

De acordo com fontes consultadas pela reportagem, a indústria japonesa teria uma reunião marcada nos próximos dias com representantes da prefeitura local para negociar incentivos, já que está em dúvida entre construir a sua nova unidade em Ponta Grossa ou São José dos Pinhais.

Maltaria

Há cerca de um mês foi apresentado a cooperados da Frísia e da Capal o projeto de uma fábrica de produção de malte. O empreendimento deve ser feito em parceria entre quatro cooperativas: além das duas locais, também participarão do investimento a Bom Jesus, sediada na Lapa, e a Agraria, de Guarapuava, que já possui uma maltaria pela qual atende 30% da demanda do mercado brasileiro de cerveja.

Consultadas pela reportagem, apesar de confirmarem o projeto elas optaram por não revelar detalhes, mas segundo fontes ligadas ao setor produtivo o investimento deve totalizar R$ 1,2 bilhão e ficar localizado ao lado da unidade da Frísia localizada à margem da PR-151. A área conta com 300 mil m² e só no terreno teriam sido investidos R$ 18 milhões.

Ainda segundo o apurado pela reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais, o investimento previsto deve gerar cerca de 70 empregos diretos e a produção estimada ficará próxima de 240 mil toneladas de malte por ano.

A pesquisa por variedades de cevada e sobre o processo de produção de malte já vem sendo feita há alguns anos pelas cooperativas e o novo empreendimento vem de encontro às ampliações das cervejarias Ambev e Heineken, sediadas em Ponta Grossa.

Plano de governo

O plano de governo de Elizabeth Schmidt, prefeita eleita para governar Ponta Grossa nos próximos quatro anos, cita a implantação do Distrito Industrial Norte. Em entrevista concedida ao DC durante a campanha eleitoral a então candidata Professora Elizabeth citou os planos para a área. “O plano de industrialização do Distrito Norte já existe. Vamos investir na diversificação do nosso parque industrial. Aqui na região norte da cidade tem um amplo campo para que sejam instaladas indústrias junto com a DAF, a Frísia. Nós temos um projeto do primeiro emprego, com desconto de 40% do IPTU no primeiro emprego gerado”, disse ela.

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