em

Indústrias projetam R$ 8,1 bilhões de investimentos em Ponta Grossa

Retrospectiva feita pelo DC mostra investimentos concluídos, anunciados ou projetados para a cidade, que também está recebendo aportes de empresas de outros setores

Industrias de pg
Fotos: Arquivo DC/ arte: DCMAIS

Ponta Grossa vem despontando como um polo de indústrias, atraindo grandes investimentos que, por sua vez, fomentam a geração de novos negócios e empregos. Nos últimos dez anos mais de 40 grandes fabricantes se instalaram ou ampliaram a sua operação na cidade, que já conta com o maior parque industrial do interior Paraná e é a quarta que mais produz riquezas a partir do setor no estado.

E a perspectiva para os próximos anos é boa: há pelo menos outros doze grandes investimentos anunciados, em andamento ou concluídos neste ano no município. As áreas são diversas: produção de alimentos, bebidas, caminhões, ferramentas elétricas, componentes automotivos, papelão, móveis, entre outros.

Juntos, eles ultrapassam a marca de R$ 8,18 bilhões e, quando somados a empreendimentos de outros setores, os valores saltam para R$ 8,31 bilhões – considerando apenas os divulgados. A seguir, saiba mais sobre cada um deles na nossa retrospectiva de 2021!

O que foi feito em 2021

Em 2021 as duas maiores cervejarias do mundo ampliaram as suas fábricas em Ponta Grossa. A Heineken concluiu um investimento de R$ 865 milhões e aumentou em 75% a capacidade de produção da planta, transformando a unidade local na 3ª maior operação do Grupo Heineken no Brasil e gerando cerca de 600 novos empregos.

Sem ficar para trás, em janeiro a Ambev também anunciou que iria ampliar a sua unidade local, aplicando R$ 370 milhões para ampliar a capacidade de produção de cervejas puro malte e uma nova linha de envase para abastecer o Sul e Sudeste do País.

Ambas ainda atingiram marcas históricas no ramo da sustentabilidade: enquanto que a Heineken Ponta Grossa iniciou 2021 utilizando 100% de energia renovável em todo o processo produtivo e de envase dos produtos da marca, a Ambev Ponta Grossa foi a primeira da marca a zerar a emissão de carbono

Já no ramo alimentício um dos destaques em termos de novos investimentos é o Madero. Em maio a empresa anunciou um investimento de R$ 1 bilhão no seu complexo industrial localizado em Ponta Grossa, que distribui alimentos para todos os restaurantes da rede. Dentro do montante estão incluídos uma fábrica de compostagem, uma de contêineres e um segundo complexo fabril, uma vez e meia maior do que o que já está em funcionamento. As obras já começaram e a previsão de início das operações é para o começo de 2024.

Maior fábrica de pizzas do país, a BRF de Ponta Grossa também está expandindo a sua produção não só das famosas “redondas”, mas também de outros produtos da sua linha de congelados, como pratos prontos. A empresa ainda anunciou em maio que investiria R$ 292 milhões em seis unidades industriais do Paraná, incluindo a de Ponta Grossa e a de Carambeí, para modernização.

Veículos e ferramentas

Fora do ramo dos “comes e bebes”, os setores de veículos e ferramentas de Ponta Grossa também tiveram novidades em 2021.

A Continental, por exemplo, inaugurou no mês passado um investimento de R$ 25 milhões que viabilizou mais uma linha de produção no município, voltada a esteiras para colheitadeiras.

Já a Makita oficializou no ano passado um protocolo de intenções junto à Prefeitura para aplicar R$ 100 milhões por ano até 2025, para produzir novos equipamentos para atender o mercado interno e toda a América do Sul.

Por sua vez, a Tatra Trucks avançou na estruturação da sua unidade local e prevê iniciar a montagem de caminhões na cidade a partir de junho de 2022. O investimento deve somar R$ 102 milhões até 2026, quando deverão ser produzidos 800 caminhões por ano. Além da fábrica, a marca também está construindo uma pista de testes no Distrito Industrial.

Foto de dois modelos de caminhões da Tatra Trucks que serão produzidos em Ponta grossa e estão em exposição na cidade

O que está por vir

Além dos investimentos já iniciados e consolidados, 2021 também contou com diversos anúncios e indicativos para os próximos anos.

O mais comentado foi o da Maltaria Campos Gerais, que vai aplicar R$ 3 bilhões em Ponta Grossa. Fruto de uma parceria entre seis cooperativas – Agrária (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa), Capal (Arapoti), Castrolanda (Castro), Coopagrícola (Ponta Grossa) e Frísia (Carambeí) -, a indústria deverá ter a sua primeira etapa finalizada em 2023 e ficará instalada na PR-151, próxima à unidade já existente da Frísia.

Outro investimento cooperativista é o da queijaria. Na semana passada a Unium (formada pela Frísia, Castrolanda e Capal) oficializou o anúncio do projeto, que deve ficar pronto dentro de 30 meses. Serão aplicados R$ 460 milhões e a unidade será construída ao lado da maltaria.

Ponta Grossa também aguarda o investimento de US$ 70 milhões (cerca de R$ 395 milhões pela cotação atual) nos próximos seis anos (2021-2026) para a ampliação da planta fabril da DAF. Além de se modernizar, a companhia também quer começar a exportar para outros países da América latina e aumentar a sua participação no mercado nacional.

Por fim, a curitibana Bras-Onda, que fabrica embalagens de papelão ondulado, também está se instalando no Distrito Industrial de Ponta Grossa, e deve iniciar a operação no decorrer do próximo ano.

O que pode ser anunciado

Dois grandes investimentos de indústrias em Ponta Grossa ainda podem ser anunciados. 

Um deles é a construção de uma unidade da Nissin em Ponta Grossa, o que consolidaria o Distrito Industrial Norte (já formado pela Frísia, DAF e pelas novas queijaria e maltaria). A gigante japonesa que produz marcas como Miojo e Cup Noodles se reuniu com o Executivo Municipal no fim do ano passado afirmando que estava projetando um investimento de R$ 1 bilhão para a planta que seria a terceira e maior do país, mas conversas de bastidores apontam que ainda não há um terreno definido para a vinda do empreendimento.

Na última semana também foi criada uma nova expectativa com o anúncio de que a Ambev vai aplicar R$ 870 milhões para construir uma fábrica de garrafas no Paraná. A intenção é começar a operar em 2025 e, apesar de não ter sido anunciado o local escolhido, Ponta Grossa é uma forte candidata por já ter uma cervejaria da marca, que assim como outras unidades seria abastecida com a nova indústria.

Setor mercadista ganha força

Além da indústria, outro setor que também se destacou em Ponta Grossa em 2021 foi o ramo mercadista. 

Em março foi inaugurado o Superpão Compre Mais no centro da cidade, no imóvel que até pouco mais de 5 anos atrás sediava uma unidade do supermercadista Big. A oferta de empregos para o novo empreendimento chegou a gerar filas que viraram duas esquinas.

Também está para abrir as portas em Ponta Grossa o Appeldorn Atacado, marca de Castro que está se instalando em Uvaranas. O investimento é de cerca de R$ 20 milhões e pelo menos 150 vagas de emprego diretas serão geradas pelo mercado.

Há ainda outra rede de atacadistas construindo em Ponta Grossa, no bairro Neves, a menos de 2,5 km do Appeldorn: é o Mariano Atacadista, unidade do Grupo Ivasko, de Irati, que também terá um posto de combustíveis em anexo. As estruturas já começaram a ser erguidas na rua Valério Ronchi, em terreno próximo ao antigo Matadouro Municipal.

Outros empreendimentos

Neste ano outras grandes redes também se instalaram em Ponta Grossa. É o caso da loja de departamentos Daju, que aplicou R$ 100 milhões nesta que é a primeira unidade da marca fora de Curitiba e Região Metropolitana, da cooperativa de crédito Cresol, que investiu R$ 3 milhões para criar a sua primeira agência na cidade, e da rede de restaurantes Giraffas, que escolheu o bairro Estrela para sediar a sua primeira unidade ponta-grossense.

Já o Sicredi, que já tem a maior rede de agências do estado, pretende se tornar também a maior da cidade. Neste ano a cooperativa financeira inaugurou uma agência no Jardim Carvalho e anunciou que pretende abrir outras na Avenida Vicente Machado, no Sabará e no Santa Paula.

Também em Ponta Grossa, mas focando nos viajantes da rodovia, há a Parada Vendrami, que está sendo construída na margem da BR 376 e tem previsão de ser inaugurada no próximo ano. O complexo terá 42.600 metros quadrados de área total e mais de 5.000 metros quadrados de área construída.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.