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Grupo de empresários se mobiliza contra o ‘lockdown’ em PG

Foto: José Aldinan / Arquivo DC

Com a intenção de diminuir a circulação do coronavírus e reduzir a ocupação de leitos nos hospitais, o lockdown parcial adotado pelo Governo do Estado e seguido pela Prefeitura Municipal de Ponta Grossa não é aceito por todos os setores. Os comerciantes não querem ficar com o “peso da conta”. Por isso, um grupo de empresários ponta-grossenses está se mobilizando para protestar contra o fechamento.

A ação tem ganhado peso nas redes sociais. “Estamos colaborando com alguns cartazes de apoio ao comércio. Iremos ter o nosso próprio cartaz que será distribuído entre os associados”, conta a empresária Flávia Barrichello.

“Estamos realizando várias reuniões com secretários da Saúde e Finanças para entendermos o lockdown. Além da prefeita Elizabeth, que está sendo pronta em nos ouvir”, acrescenta Flávia. Reuniões devem definir quais serão os próximos passos da mobilização.

Fato é que o empresariado não gostou de abaixar as portas até o dia 8 de março e com possibilidade do Decreto ainda ter duração ampliada. “Achamos injusto que toda a carga de uma falta de infraestrutura seja colocada de novo nas costas dos comerciantes. Então é lógico que há uma revolta geral. A gente não concorda com esse lockdown que foi feito. Nós estamos gritando para sobreviver”, afirma a empresária, Milane Barbur.

Consequências

O empresário Álvaro Torres Júnior, que atua no ramo de papelaria, esperava um aumento da procura de consumidores no início deste ano. Mas as indefinições causadas pela gestão em meio à pandemia não ajudaram. Com isso, ele reduziu a equipe de trabalho em 75%. O fechamento obrigatório desta semana traz más perspectivas,

“Na forma como este Decreto está sendo exigido pela Prefeitura, o nosso faturamento está praticamente reduzido a zero. Tenho contas a pagar, impostos a recolher e folha salarial para honrar”, frisa.

O empresário chegou a receber auxílios de medidas governamentais. O recurso deu sobrevida, mas não assegura a manutenção dos negócios. “Nossos custos são mensais com salários, impostos, aluguel e fornecedores. Viemos de um ano que trouxe enorme impacto no faturamento. Agora que estávamos começando a acreditar que haveria um retorno gradual começa tudo de novo e com maior rigor ainda”, conclui.

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