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Funcionários da VCG devem iniciar greve na terça-feira

Os funcionários da Viação Campos Gerais (VCG), empresa que administra o sistema de transporte público de Ponta Grossa, podem paralisar atividades a partir de terça-feira (21). Em assembleia realizada pelo Sindicato dos Motoristas, Cobradores e Trabalhadores do Trasnporte (Sintropas-PG) na noite dessa quinta-feira (16), os funcionários aprovaram o “estado de greve” a partir da próxima terça-feira. De acordo com o presidente do Sindicato, Luiz Carlos de Oliveira, não significa que a greve inicia no dia 21, mas que, a partir dessa data, o sistema de transporte público pode interromper as atividades a qualquer momento, a menos que uma nova proposta evite a greve.

“A empresa propôs 2% de reajuste no salário e 4% no cartão alimentação. Só. Sobre cláusulas sociais, a VCG não se pronunciou, nem sobre outros assuntos. Levamos a proposta à categoria, que refutou por unanimidade”, diz Oliveira. Ele destaca que a greve promete paralisar 100% do sistema, ou seja, todas as linhas de ônibus. O Sintropas-PG está preparando um ofício que será enviado, nas próximas horas, para a Prefeitura, a VCG e a imprensa.

 

Em nota, a VCG disse ter recebido com surpresa a informação a respeito do “estado de greve” proposto pelo sindicato. “As tratativas para reajuste salarial iniciaram há aproximadamente duas semanas, e desde então, a concessionária tem destacado o momento econômico do país e em especial do setor de transporte coletivo. Além disso, diante do cenário atual, a proposta da empresa prevê a recuperação da inflação que foi de 1,83%, com um pequeno acréscimo de ganho real. Diante dos parâmetros, como exigir um reajuste 5 vezes maior que a inflação? Além disso, é importante destacar que a remuneração/hora de Ponta Grossa está, inclusive, acima da média de cidades do mesmo porte do Paraná. Vale ressaltar também que a planilha de custos que compõe o preço da tarifa leva em consideração outros indicadores, como por exemplo, o índice de passageiro por quilômetro (IPK). Só em 2017 foi mais de 5% de evasão de usuários do serviço, com a manutenção da mesma oferta e da mesma estrutura operacional. Os custos com pessoal representam o maior impacto no valor pago pelo passageiro e a soma desse indicador a perda de clientes exige coerência e razoabilidade por parte da concessionária. É fundamental manter o bom senso para não inflar ainda mais o valor da passagem, onerando quem mantém o serviço, que é quem paga pela tarifa. Com o intuito de evitar qualquer transtorno para a população, a VCG mantém os canais de diálogo com a entidade sindical”.

Categoria aprovou indicativo de greve a partir de terça-feira (21)

 

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