em

Em telefonema grampeado há indícios de ingerência externa no relatório da CPI. Confira

Foto: Fachada da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa
Foto: Arquivo DC

Outro diálogo reproduzido na peça do processo que solicitou os mandados de prisões, buscas e apreensões teria ocorrido entre os empresários João Carlos Barbiero, que está preso preventivamente por 30 dias em Ponta Grossa, e um amigo, que omitimos o nome, já que não está representado no processo e na peça que o dcmais teve acesso. Ele só aparece nessa ligação.

O Gaeco aponta que Barbiero estaria indicando que o empresário Alberto Abujamra Neto, de Curitiba e sócio recente da Cidatec Tecnologia e Sistema, teria formulado o relatório a ser apresentado como conclusão da CPI do Estar.

Nesta conversa, pela primeira vez é citado o nome do vereador Valtão, relator da CPI. O grupo não estaria aprovando a forma como Abujamra Neto conduzia a situação.

Confira o diálogo

João Carlos Barbiero (empresário):
– Então, ele [Abujamra Neto] fez o relatório.

Amigo:
– Uhmm.

Barbiero:
– Como ele bem entende, que ele, tipo assim, chegou a dizer isso: eu tô pagando, eu faço o que eu quero.

Amigo:
– Uhum.

Barbiero:
– E, na verdade, não valorizou todo o processo que foi feito pra aliviar um pouco o coro.

Amigo:
– Sim, porque nada impede que uma nova Câmara comece a mexer com isso de novo.

Barbiero:
– Não tenho dúvida, cara. Então assim, o cara é um idiota, cara. E o Valtão também se estressou, sabe. Daí também já não gostou mais do tipo do tratamento, é, então assim, eu peguei e fiz a minha parte, até que deu, tive problema já esse mês. Pra você ter uma ideia eu recebia lá deles, é, sempre dia cinco, sete, que era entre cinco e dez, esse mês foi ontem.

Quebra de sigilo

A investigação do Gaeco, deflagrada nesta terça-feira (15) com o nome Operação Saturno, quebrou o sigilo telefônico de vários investigados. Ao todo, 16 pessoas são representadas na ação judicial e sete delas estão presas em Ponta Grossa.

As informações foram extraídas de uma peça do processo judicial, comprovadamente autêntica, que circula nas redes sociais e aplicativos de mensagens.

Por Felipe Liedmann

Leia também:

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.