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CPI recomenda que Prefeitura de PG suspenda contrato com Cidatec

Ex-presidente da AMTT, Roberto Pelissari prestou depoimento nesta terça-feira (Luiz Lacerda/CMPG)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estar Digital, instaurada na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa realizou nesta terça-feira (10) a última oitiva. Em depoimento que durou quase duas horas, o ex-presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte, Roberto Pelissari, falou sobre sua gestão à frente da autarquia, especialmente no que se refere à contratação da empresa Cidatec, responsável pela implantação do Estar Digital, e seu envolvimento com integrantes da CPI do Estar Digital de 2020.

Conforme o presidente da CPI, vereador Izaías Salustiano (PSB), foi deliberado que, “em face da análise preliminar dos documentos e elementos colhidos, a comissão entende em recomendar ao Poder Executivo a imediata suspensão do contrato mantido com a empresa Cidatec”, investigada pela CPI. Em abril, a prefeitura de Ponta Grossa prorrogou por mais um ano o contrato com a Cidatec. Com o 8° aditivo no contrato, a AMTT irá pagar R$ 647 mil por mais um ano de operação do Estar Digital. A CPI também decidiu que fará diligências externas na AMTT na sexta-feira (13) e terá nova reunião deliberativa no dia 20.

Oitivas

Além de Pelissari, a CPI ouviu, durante as oitivas, o ex-presidente da Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), Dino Athos Schrutt; o ex-secretário de Recursos Humanos, Ricardo Linhares; vereadores que integraram a CPI do Estar Digital em 2020; servidores da AMTT.

Pelissari, que ficou na presidência da AMTT entre janeiro de 2017 até dezembro de 2020, quando foi desencadeada operação do Gaeco que apurava supostas ilegalidades na contratação da Cidatec, afirmou que todo o trabalho para contratação do serviço foi feito de forma técnica. “O Município tem equipe técnica para elaboração de todas as licitações. Tudo que foi feito foi através de parecer jurídico”, afirmou. “Com relação ao Gaeco, depois de todos os questionamentos, não fiz parte como réu. Aí mostra que não tivemos envolvimento”, completa.

Pelissari também disse que não combinou com integrantes da CPI do Estar Digital de 2020, o então líder do Governo, ex-vereador Vinicius Camargo e o vereador Pastor Ezequiel Bueno, a execução de um relatório em separado da CPI. O relatório final, assinado pelos ex-vereadores Valtão, Sargento Guiarone e Ricardo Zampieri, pedia o indiciamento de Pelissari por improbidade administrativa. O relatório em separado feito por Camargo e Bueno isentava Pelissari de responsabilidade.

A CPI investiga contrato, implantação e demais ações realizadas pela empresa Cidatec junto ao Município, assim como outras licitações e contratos realizados entre prefeitura, Prolar, envolvendo Cidatec, e o vínculo jurídico e societário entre Cidatec e DF System. A comissão também quer descobrir se houve irregularidades no relatório final aprovado, bem como nos atos adotados pela CPI do Estar Digital realizada em 2020. Presidida por Salustiano, integram a comissão os vereadores Josi do Coletivo (PSOL), na relatoria; Joce Canto (PSC), Julio Küller (MDB) e Geraldo Stocco (PSB) são membros.

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