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Ex-presidente da Prolar presta depoimento em CPI do Estar Digital

(Foto: Luiz Cunha/CMPG)

O ex-diretor presidente da Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), Dino Athos Schrutt, prestou depoimento nesta terça-feira (3) em oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estar Digital. Segundo a comissão, a oitiva de Dino é realizada, a princípio, “realizada na condição de testemunha e agendada oportunamente”. O comparecimento de Dino aconteceu depois da convocação para depoimento, em duas ocasiões. Em ambas as vezes, ele justificou ausência, participando do depoimento nesta terça.

Dino, que ficou na presidência da Prolar entre janeiro de 2013 e meados de 2019, foi questionado principalmente a respeito dos contratos firmados entre Prolar e a empresa DF System, cujo objetivo é investigar o vínculo jurídico e societário entre DF System e Cidatec. Dino, em seu depoimento, deu detalhes sobre como eram feito os processos licitatórios e porque alguns sistemas foram adquiridos e outros locados. Ele afirmou conhecer a maioria dos fornecedores da companhia, entre eles os proprietários da DF System, mas não a ponto de interferir no processo licitatório. “No período em que estive à frente da Prolar nunca vi nenhum tipo de favorecimento a nenhuma empresa ou pessoa física”, afirma.

No entanto, durante o depoimento, Dino se mostrou surpreso diante de algumas informações prestadas pela CPI sobre contratos licitatórios. Segundo ele, até o momento, desconhecia alguns trâmites, como o fato de alguns orçamentos terem sido feitos antes da elaboração do projeto-base, por exemplo.

Para o presidente da CPI, vereador Izaías Salustiano (PSB), a oitiva foi importante porque forneceu importantes esclarecimentos. “O ex-presidente demonstrou que não tinha conhecimento de muitas atividades que eram realizadas por departamentos da Prolar, como diretoria administrativa e comissão de licitação, demonstrando surpresa em relação a apontamentos feitos pela comissão em relação a regularidade dos procedimentos licitatórios”, frisa.

Segundo Salustiano, em relação aos contratos firmados entre empresa e Prolar, a comissão já tem condições de elaborar o relatório final, restando apenas mais algumas oitivas e análise de alguns documentos. Para a próxima semana, está marcada a oitiva do ex-presidente a Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), Roberto Pelissari. A comissão já ouviu ex-vereadores que integraram a CPI em 2020; ex-secretário municipal; servidores municipais. A comissão foi instaurada no final de maio e tem 90 dias para apresentar o relatório final; mas o prazo pode ser estendido, caso houver necessidade.

A CPI investiga contrato, implantação e demais ações realizadas pela empresa Cidatec junto ao Município; licitações e contratos realizados entre prefeitura, Prolar, envolvendo Cidatec, assim como o vínculo jurídico e societário entre Cidatec e DF System. Presidida por Salustiano, integram a comissão os vereadores Josi do Coletivo (PSOL), na relatoriaa; Joce Canto (PSC), Julio Küller (MDB) e Geraldo Stocco (PSB) são membros.

*Matéria atualizada às 18h03 para acréscimo de informações.

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