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Conselho questiona cessão da Estação Paraná para Polícia Militar em Ponta Grossa

O Conselho Municipal de Política Cultural tornou pública uma carta na qual critica a postura do prefeito de Ponta Grossa Marcelo Rangel, por ceder o imóvel histórico da Estação Paraná para uso da Polícia Militar. A cessão foi anunciada pelo prefeito no final do mês passado.

No documento, o conselho lembra que deveria ter sido consultado sobre a intenção, e que nem mesmo Fundação Municipal de Cultura e Conselho Municipal de Patrimônio Cultural foram consultados. O texto também questiona qual é o interesse da PM em ocupar o imóvel, que necessita restauro, e pede atenção à Casa da Memória.

A Casa da Memória, que guarda alguns dos mais importantes documentos históricos do municípios, estava instalada no imóvel da antiga Estação Paraná até o ano passado. Foi transferida para imóvel alugado até que a estação fosse restaurada, mas agora tem destino incerto.

Isso porque o contrato de aluguel do imóvel em uso no momento expirou em 26 de junho. O prefeito informou a intenção de levar os documentos até a Mansão Vila Hilda, mas esse é outro imóvel que também aguarda obras de restauro e adequação.

Retorno

Questionada por meio da assessoria de imprensa a respeito do conteúdo da carta do conselho, a prefeitura apenas informou que “recebeu manifestação da Polícia Militar para ocupação do referido imóvel, que está em fase de tratativa, ainda não oficializado”.

A PM não respondeu o motivo do interesse no imóvel, mas o DC teve acesso ao Ofício nº 405, por meio do qual o 1º Batalhão de Polícia Militar solicitou, especificamente, a cessão da Estação Paraná para uso rotineiro. No documento, assinado pelo comandante Leonel Beserra em 23 de abril, a PM informa que a atual sede, localizada a poucos metros também no Parque Ambiental, não oferece adequado espaço físico para os serviços realizados.

ATUALIZAÇÃO: No final da tarde o 1º BPM enviou resposta aos questionamentos. Confira o retorno:

O local onde é a sede da 1º Companhia hoje se tornou um espaço insuficiente para atender de uma forma correta a população de Ponta Grossa. As demandas aumentaram. No local é realizado o registro de boletim de ocorrências; lavratura de Termo Circunstanciado; atendimento e orientação à população em geral; base de ínicio de diversas operações desencadeadas pelo Batalhão, além de comportar todo o efetivo administrativo que opera na companhia.

Analisando os serviços que a polícia militar presta no prédio atual, o espaço se tornou insuficiente para um atendimento de qualidade à população. Hoje durante a lavratura de um termo circunstanciado, as partes envolvidas ficam no mesmo ambiente onde é realizado o registro de outras ocorrências policiais.

O prédio da Casa da Memória ocupado pela Polícia Militar seria restaurado e preservado pela segurança pública, mantendo a segurança do patrimônio, protegendo de ações de vandalismo e possíveis danos no local, além de dar um atendimento de excelência à comunidade.

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