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Comércio exterior de Ponta Grossa se destaca no estado

No primeiro semestre PG exportou mais do que importou US$ 121,9 milhões, segundo melhor saldo entre as maiores cidades do Paraná

Ponta Grossa exportou, neste ano, US$ 605,09 milhões em produtos. Como importou US$ 483,15 milhões, a balança comercial do semestre fechou em US$ 121,93 milhões – menor valor do período nos últimos cinco anos, mas segundo melhor entre as grandes cidades do Paraná. Os dados são do Ministério da Economia.

Dentre as cinco maiores cidades do estado, duas registraram saldo negativo no primeiro semestre; ou seja, compraram mais do que venderam a outros países: Curitiba (US$ -847,18 milhões) e Londrina (US$ -159,39 milhões). O melhor resultado foi o de Maringá, com saldo de US$ 1,1 bilhão. Na sequência, aparece Ponta Grossa, com US$ 121,93 milhões, e em terceiro Cascavel, com US$ 73,5 milhões.

Ano a ano

Apesar de se destacar no estado, este foi o primeiro semestre de Ponta Grossa com o segundo menor saldo dos últimos cinco anos. De US$ 538,65 milhões em 2017, a diferença entre as exportações e importações da cidade passou para US$ 60,38 milhoẽs em 2018 (quando houve a greve dos caminhoneiros), US$ 421,48 milhões em 2019, US$ 262,13 milhões em 2020 e agora para US$ 121,93 milhões em 2021.

O motivo é, principalmente, a alta das importações: neste ano os negociadores da cidade aplicaram US$ 483,15 milhões em compras de itens estrangeiros, valor bem superior aos registrados nos últimos cinco anos, que variaram entre US$ 198,18 milhões e US$ 228,14 milhões, até então.

Cidade luta por um porto seco

Um estudo elaborado pelo Sebrae e encomendado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG) com o apoio da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) e da Prefeitura Municipal foi entregue à Receita Federal com o intuito de viabilizar a instalação de um porto seco na cidade.

A estrutura, que agiliza compras e vendas de produtos ao exterior, atualmente está presente no Paraná apenas em Curitiba, Cascavel e Foz do Iguaçu. De acordo com o presidente do CDEPG, Leonardo Puppi Bernardi, o próximo passo é a Receita fazer um estudo de viabilidade interno para poder licitar o empreendimento na sequência. Segundo ele, o complexo pode estar operando em cerca de 3 anos, dependendo do tempo de tudo do órgão de fiscalização.

O estudo

O estudo utiliza-se de diversos dados para indicar a viabilidade de um porto seco em Ponta Grossa. Dentre eles aponta que, de acordo com informações obtidas junto à Divisão de Administração Aduaneira da Superintendência Regional da Receita Federal da 9ª Região Fiscal, no ano passado 118 empresas ponta-grossenses efetuaram transações internacionais – praticamente a metade (49,8%) do total de 237 empresas da região que também fizeram algum tipo de comércio exterior.

A conclusão aponta que a região de influência de Ponta Grossa atende aos critérios básicos necessários para sediar um porto seco, no formato de Estação Aduaneira Interior. “O município de Ponta Grossa, pela sua representatividade nas transações, pela sua localização estratégica e pela infraestrutura de serviços existente, apresenta todas as condições que viabilizam a instalação da referida EADI (Porto Seco)”, finaliza o estudo.

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