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Estudo de viabilidade de porto seco em Ponta Grossa é finalizado

Projeto segue agora para a Receita Federal, responsável também por realizar a licitação que definirá a empresa que vai construir e gerir o empreendimento

Leonardo Puppi Bernardi, presidente do CDEPG, e Joel Franzim Junior, gerente regional do Sebrae, anunciaram a novidade em entrevista no DC (Foto: José Aldinan)

Foi finalizado o estudo de viabilidade para a implantação de um porto seco em Ponta Grossa – estrutura que agiliza compras e vendas de produtos ao exterior e que hoje está presente no Paraná apenas em Curitiba, Cascavel e Foz do Iguaçu. O documento foi elaborado pelo Sebrae, entidade contratada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG) para avaliar se a região possui capacidade e demanda para tal empreendimento – e a resposta é sim, como foi apresentado em entrevista transmitida ao vivo pelo portal dcmais.

“Um porto seco é uma estação aduaneira, um investimento privado de uso público. Uma empresa faz a obra e a Receita Federal usa parte da estrutura com um escritório deles para fazer o desembaraço aduaneiro”, destacou o gerente regional do Sebrae, Joel Franzim Jr..

Segundo o presidente do CDEPG, Leonardo Puppi Bernadi, a estrutura está diretamente ligada à redução de tempo e de custos, e por isso pode atrair novos investimentos para a cidade.

“Queremos transformar Ponta Grossa em um hub de comércio do Sul do Brasil; a gente quer atrair centros de distribuição. Então nada mais facilitador para essa atividade do que aterrissar o avião na pista de cargas do aeroporto Afonso Pena [CWB], o container chegar lá e entrar num caminhão ou trem, ser transportado para Ponta Grossa e entrar no porto seco. A partir dali o centro de distribuição vai retirando o conteúdo já desembaraçado e pagando imposto de importação apenas à medida em que vai retirando a mercadoria do porto seco”, explicou Bernardi. 

“Assim a gente vai adiando o pagamento de imposto e racionalizando o fluxo de caixa de qualquer empresa que queira atender e-commerce no Brasil todo”, complementou o presidente do CDEPG.

Realidade

Conforme lembra o gerente regional do Sebrae, a localização geográfica de Ponta Grossa e a sua atual atividade no comércio exterior são aspectos que contribuem para a implantação do empreendimento. “Estamos em um dos maiores – se não o maior – entroncamentos rodoferroviários do Brasil e na região já temos quase 240 empresas exportadoras e importadoras; apenas em Ponta Grossa são 118. Então já temos um público pra usar esse porto seco, que também facilita a vinda de novos negócios ligados ao mercado internacional”, apontou Franzim. 

O estudo completo pode ser acessado em https://cdepg.org.br/porto-seco/.

Processo de implantação

Com o projeto de viabilidade finalizado, o CEPG, juntamente à Prefeitura Municipal, vão o entregar à Receita Federal. “O próximo passo é a Receita fazer um estudo de viabilidade interno deles para poder licitar na sequência”, explicou Leonardo Puppi Bernardi.

Segundo ele, o complexo pode estar operando em cerca de 3 anos, dependendo do tempo de tudo do órgão de fiscalização. “Tem áreas públicas e privadas no Distrito Industrial que poderiam ser utilizadas para receber o porto seco. Quem vai dimensionar o tamanho e estrutura necessários é a Receita Federal”, lembrou o presidente do conselho.

Projeto é sonho antigo

O porto seco vem sendo discutido seriamente há pelo menos 20 anos em Ponta Grossa. “A primeira tentativa foi em 2001, quando a ACIPG, com o auxílio da delegacia regional da Receita Federal, se mobilizou. Foi criado estudo, a Receita abriu licitação, mas ela foi deserta: não houveram interessados em investir naquele momento”, citou Leonardo Puppi Bernardi.

“Em 2013 houve uma segunda tentativa de abertura de processo licitatório. A Prefeitura adiantou-se, doou um terreno para essa finalidade para facilitar o trâmite, mas o processo da empresa que ganhou foi indeferido pela Receita Federal por problemas no estudo de viabilidade apresentado. Aprendemos com os erros das outras vezes e agora estamos conduzindo da forma mais técnica possível”, garantiu o presidente do CDEPG.

Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico cria pix para receber doações

O CDEPG custeou o desenvolvimento do estudo de viabilidade do porto seco com recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico, que agora ganhou uma chave pix para receber doações de interessados em contribuir com projetos voltados ao que o próprio nome já indica. Quaisquer valores são aceitos e podem ser enviados pela seguinte chave pix de e-mail: [email protected].

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