Neste ano Ponta Grossa desbancou duas grandes cidades no ranking do comércio exterior paranaense, subindo uma posição nas exportações e uma nas importações. Somando US$ 734,65 milhões exportados de janeiro a julho, a cidade se tornou a 4ª maior vendedora do estado, ultrapassando São José dos Pinhais, que fechou 2020 à sua frente. Em relação às importações, foram US$ 571,93 milhões comprados do exterior neste ano, valor que a fez superar Londrina e ocupar o 5º lugar do Paraná.
Os dados são do Ministério da Economia.
Atualmente, no ranking das cinco maiores exportadoras e as cinco maiores importadoras há sete cidades diferentes. Dentre elas, apenas três estão com superávit na balança comercial – ou seja, estão vendendo mais do que comprando de outros países: Paranaguá, com saldo de US$ 1,72 bi, Maringá, com saldo de US$ 1,33 bi, e Ponta Grossa, com US$ 162,72 mi.
As outras, que registram déficits, são: Curitiba (-US$ 1,02 bi), São José dos Pinhais (-US$ 877,62 mi), Araucária (-US$ 818,72 mi) e Londrina (-US$ 212,91 mi).
Exportações
Em relação às exportações, o valor acumulado na cidade nestes sete primeiros meses cresceu 21,5%. No ano passado inteiro a variação foi de -13,3%, mesmo com a alta do dólar e consequentemente das commodities.
Fatos que podem ter contribuído para Ponta Grossa ultrapassar São José dos Pinhais são ligados ao perfil exportador de cada um dos municípios. Em PG a soja domina 77,9% de todo o total vendido a outros países e na cidade da região metropolitana da capital o perfil é automobilístico: só veículos e suas partes representam mais de 66% do total – e enquanto que na pandemia o preço da soja disparou junto com a cotação do dólar, a fabricação de veículos vem enfrentado problemas na obtenção de componentes, o que tem impactado na produção.
Importações
De janeiro a julho de 2021 Ponta Grossa quase dobrou o valor das suas importações, se comparada ao mesmo período do ano passado. Foram +93,5%, sendo a maior parte (19%) soja (entenda abaixo) em um único produto e máquinas e aparelhos, material elétrico e suas partes (32%) como grupo.
Ao mesmo tempo, em Londrina o valor total subiu apenas 2,9%. O produto mais importado pela cidade, relacionado a extratos, essências e concentrados de café, chá ou mate, representa 56% do total comprado e neste ano acumula queda de 22,4%.
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