A Polícia Civil do Paraná (PCPR), por intermédio da Delegacia do Adolescente de Ponta Grossa, deflagrou na quinta-feira (18), a Operação “Revenge0”, com o cumprimento de dois mandados de busca domiciliar nas residências ligadas a um adolescente, de 17 anos, suspeito de praticar os atos infracionais de perseguição, cyberbullying e ameaça de divulgação de imagens de conteúdo sexual.
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O nome da operação faz alusão à expressão “revenge porn”, ou pornografia de vingança, em que o autor utiliza fotos e/ou vídeos da própria vítima para “se vingar”, ameaçando ou efetivamente divulgando estas fotos na internet, explica o Delegado Fernando Henrique Ribeiro Vieira, da Delegacia do Adolescente de Ponta Grossa.
Conforme as investigações, realizadas em conjunto com o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, o jovem de 17 anos, residente em Ponta Grossa, manteve um relacionamento amoroso virtual com uma jovem brasileira de 15 anos, residente no Estado da Florida, nos Estados Unidos.
Inconformado com a tentativa de término da relação, o rapaz teria ameaçado divulgar fotos e vídeos íntimos que possuía da então namorada, perseguindo-a, causando intenso abalo emocional durante meses. A jovem vítima, inclusive, em uma oportunidade, acabou se automedicando e acionando a emergência nos EUA por não aguentar mais a pressão feita pelo adolescente infrator, diz o delegado.
Após troca de informações entre a Polícia americana, o laboratório de Operações cibernéticas do Ministério da Justiça em Brasília e a Delegacia do Adolescente de Ponta Grossa foi possível identificar e localizar este adolescente.
O delegado Fernando Vieira, titular da Delegacia do Adolescente, diante da gravidade dos fatos, representou pelo mandado de busca domiciliar nos endereços vinculados ao jovem, que foram deferidas pelo Poder Judiciário.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, na cidade de Ponta Grossa e um na cidade de Castro, com apoio de policiais civis locais, resultando na apreensão de eletrônicos. As investigações seguem para reunir maiores elementos de prova e a existência de possíveis outras vítimas.