Em consonância com o ritmo de crescimento acelerado das cooperativas, todas projetam grandes investimentos para este e para os próximos anos. O maior deles é a maltaria dos Campos Gerais, fruto da parceria entre as três cooperativas da Unium e também da Agraria (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa) e Coopagrícola (Ponta Grossa), que visa a investir R$ 1,5 bilhão para a transformação da cevada em malte. As obras devem iniciar em setembro, em cidade ainda a confirmar, e a estimativa de inauguração é 2023.
A previsão é de que a fábrica tenha uma produção de cerca de 240 mil toneladas de malte anualmente, volume que hoje corresponde a 15% do mercado nacional. Com isso, o potencial de plantio de cevada nos Campos Gerais poderá atingir 100 mil hectares por ano e beneficiar mais de 12 mil cooperados. O empreendimento deve gerar pelo menos 100 empregos diretos e outros mil indiretos. O faturamento esperado da fábrica de malte é de R$ 1 bilhão/ano.
Outro grande investimento, que está em processo de discussão e aprovação antes de ter seus detalhes anunciados, é a construção de uma queijaria na região, provavelmente em Ponta Grossa, próxima ao complexo da Frísia localizado na PR-151 – local que também pode receber a maltaria, caso a cidade seja confirmada como sede do empreendimento.
Outro investimento é a usina de bioenergia localizada em Castro, que foi inaugurada no ano passado e na semana passada conseguiu Licença de Instalação de Ampliação para um biodigestor utilizado na transformação de resíduos em energia elétrica e biometano.
Um empreendimento também do ramo energético que deve sair do papel em breve é o complexo eólico da Frísia em Carambeí. Na semana passada a cooperativa requereu ao Instituto Água e Terra (IAT) a Licença de Instalação da estrutura que visa a gerar energia a partir do vento.
Em reunião com os seus cooperados, a Capal anunciou que deve investir R$ 88 milhões nos próximo dois anos no Paraná e em São Paulo: sete unidades da cooperativa irão receber os recursos para ter um salto quantitativo e qualitativo na recepção da produção, atendimento ao cooperado, infraestrutura e logística.
Rumo aos 100 anos
Fundada em agosto de 1925, a Frísia Cooperativa Agroindustrial elaborou o “Rumo aos 100 Anos”, um conjunto de propostas organizadas por estratégias e sistema de execução que serão concretizados até 2025. Ao longo desses cinco anos, será investido quase R$ 1 bilhão em expansão e para abrir 2 novos negócios.
Está previsto no Mapa Estratégico da cooperativa o aumento da produção agrícola pela verticalização e expansão em novas fronteiras. Na pecuária de leite, a cooperativa seguirá seus investimentos na intercooperação para acompanhar o crescimento da produção dos seus cooperados, visando adicionar mais 100 milhões de litros de leite no seu portfólio, enquanto que na suinocultura está previsto dobrar o número de leitões para atender à expansão de abate da Unidade Industrial de Carnes.
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