A maltaria de R$ 1,5 bilhão anunciada no início deste mês por meio de uma intercooperação de seis cooperativas paranaenses ainda não tem localização definida. Segundo a assessoria da Agraria, que está liderando o projeto, não houve consenso entre todas as envolvidas no projeto – e, de acordo com informações apuradas pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais, apesar da mobilização política de municípios como Ponta Grossa e Carambeí a escolha será feita por critérios estritamente técnicos.
Entre eles, estão aspectos como logística, oferta de mão de obra, proximidade de fornecedores e disponibilidade de acesso a matéria-prima. Por isso, segundo as informações obtidas pela reportagem mais de uma cidade está no páreo, como Ponta Grossa e Castro, por exemplo. O cenário não seria tão propenso a Carambeí porque a indústria possui uma alta necessidade hídrica e necessita se instalar em áreas próximas a rios – que tenham vazões suficientes para o empreendimento, como o Pitangui e o Iapó, que passam por terrenos das duas cidades citadas que vêm sendo cotados para sediar o projeto.
A expectativa é que o anúncio seja feito nas próximas semanas, já que a previsão de início das obras é setembro deste ano, conforme já divulgado pelo DC no início deste mês.
Investimento
A maltaria dos Campos Gerias é fruto de uma parceria entre as cooperativas Agraria (Guarapuava) – que já possui a maior maltaria da América Latina -, Bom Jesus (Lapa) e Coopagrícola (Ponta Grossa) e a Unium, marca institucional das indústrias das cooperativas Frísia (Carambeí), Castrolanda (Castro) e Capal (Arapoti).
As obras devem iniciar em setembro e a estimativa de inauguração é 2023. Estima-se que, para realização da obra, um valor de aproximadamente R$ 1,5 bilhão deve ser investido. A previsão é de que a fábrica tenha uma produção de cerca de 240 mil toneladas de malte anualmente, volume que hoje corresponde a 15% do mercado nacional.
Com isso, o potencial de plantio de cevada nos Campos Gerais poderá atingir 100 mil hectares por ano e beneficiar mais de 12 mil cooperados. O empreendimento deve gerar pelo menos 100 empregos diretos e outros mil indiretos e o faturamento esperado da fábrica de malte é de R$ 1 bilhão/ano.