O projeto de lei 135/21, de autoria do Poder Executivo, para viabilizar a implantação da Maltaria Campos Gerais em Ponta Grossa, deve ser incluído na ordem do dia da Câmara de Vereadores para ser votado em primeiro discussão na sessão da próxima segunda-feira (9), segundo informou ao dcmais o presidente do Legislativo, vereador Daniel Milla (PSD).
O projeto foi protocolado pelo Executivo na Câmara no final de junho e já recebeu parecer favorável das comissões permanentes. Mas, a proposta recebeu uma emenda modificativa do próprio vereador Daniel Milla, e que também precisou passar por análise das comissões. Milla explica que conversou com a prefeita Elizabeth Schmidt (PSD) e acrescentou à proposta texto para que as cooperativas contratem, preferencialmente, mão de obra para a construção e para os serviços da maltaria, pessoas físicas e jurídicas de Ponta Grossa, levando em conta as isenções fiscais que a prefeitura de Ponta Grossa está oferecendo. “É uma forma de valorizar o Município, gerando emprego e renda”, aponta.
A emenda já teve parecer favorável da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, e foi encaminhada para análise das comissões de Finanças, Orçamento e Fiscalização e de Agricultura, Pecuária, Indústria, Comércio, Turismo e Meio Ambiente, cujo prazo para emissão dos pareceres encerrou na quarta-feira (4); conforme constava no site da Câmara, em consulta nesta quinta-feira (5), os pareceres não foram emitidos. “Caso vença o prazo para os pareceres, vamos colocar em votação em plenário sem os pareceres mesmo”, aponta Milla. A previsão das cooperativas é iniciar as obras ainda em setembro.
Conforme o protocolo de intenções firmado com as cooperativas, a prefeitura de Ponta Grossa vai investir de forma indireta, mediante diversas isenções fiscais, como IPTU, ITBI e ISS. Em contrapartida, as cooperativas devem investir, em conjunto com outras indústrias, na infraestrutura do local, e incluem construção de trincheira próximo ao acesso do novo complexo industrial.
Investimentos
A Maltaria Campos Gerais é fruto de um projeto de intercooperação que reúne seis cooperativas paranaenses – Agrária, Bom Jesus, Capal, Castrolanda, Coopagrícola e Frísia -, que projetam investimentos na ordem de R$ 3 bilhões em Ponta Grossa – divididos em duas fases -, com apoio do programa de incentivos do Governo do Estado. A previsão é que a primeira fase seja concluída até 2028 e a segunda parte dos investimentos finalize em 2032.
A planta será construída em um terreno de 800 mil m² próximo à montadora de caminhões DAF, na PR-151, adquirido pela própria empresa. A estimativa é que o empreendimento gere cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos, além de beneficiar aproximadamente 12 mil cooperados das seis entidades.