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Madero adia entrada na Bolsa de Valores

Empresário Junior Durski comanda a rede de restaurantes (Foto: Arquivo DC)

A rede de restaurantes Madero, que há cerca de três meses oficializou a sua abertura de capital na Bolsa de Valores brasileira (B3) protocolando o pedido do seu “IPO” (do inglês, oferta pública de ações), decidiu suspender o processo pelo menos até o fim deste ano.

Devido ao fato de que há uma normativa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que permite a suspensão por um tempo, o Madero segue em período de silêncio – o que significa que a rede não pode se manifestar oficialmente por estar neste processo de abertura de capital.

Fontes ouvidas pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais afirmam que a retomada do IPO deve ser feita apenas a partir de 2022, devido à instabilidade do mercado no segundo semestre deste ano. 

Segundo divulgado pelo jornal Estado de S. Paulo, porém, o motivo para a suspensão seria outro: um acordo feito entre o Madero e seus credores – que são justamente os bancos que coordenam o IPO. “A rede de restaurantes, que usaria 50% dos recursos para quitar parte dessas dívidas, está com seu passivo reestruturado até metade do ano que vem, pelo menos. Por isso, vai aguardar um melhor momento do mercado para fazer o IPO”, destaca a reportagem, lembrando que a dívida bruta do grupo, que era de R$ 705 milhões no fim de 2020, passou para quase R$ 1 bilhão em junho.

A suspensão do IPO do Madero acontece após o adiamento e cancelamento de planos de diversas outras empresas; apenas neste ano mais de 60 empresas fizeram esta opção. Dentre elas, está a Havan, por exemplo, que já interrompeu o processo duas vezes.

Madero na Bolsa de Valores e seus planos de expansão

O Madero pretendia ser avaliado em R$ 7 bilhões e levantar R$ 1,2 bilhão com a oferta de ações próprias na Bolsa de Valores brasileira. Isso faria com que parte desses recursos fosse investido em Ponta Grossa, onde fica a sede da empresa. De acordo com o pedido, os valores líquidos seriam divididos pela metade, sendo 50% destinado para o pagamento de contratos financeiros e os outros 50% para investir na expansão de novos restaurantes, renovação da frota e cozinhas centrais – e como grande parte da frota é emplacada na cidade, que também sedia as cozinhas centrais que produzem alimentos para todos os restaurantes, uma parcela expressiva do valor seria aplicada localmente.

Em maio deste ano o empresário Junior Durski já havia anunciado investimentos de R$ 1 bilhão na planta fabril do Grupo, localizado no Distrito Industrial da cidade, para a construção de uma fábrica de compostagem, uma de containers e de um segundo complexo fabril uma vez e meia maior do que a que já está em funcionamento. A previsão anunciada para o início das operações é no começo de 2024.

“Este complexo tem capacidade de fornecer para até 500 restaurantes. Temos 230 unidades hoje e vamos terminar o ano com 260. A expansão para o próximo ano será muito maior. Era para termos aberto 75 novas unidades neste ano, mas serão abertos ao todo apenas 45, em virtude da pandemia. No ano passado era para ter aberto 70 e abriu 44. Recuperaremos no ano que vem e por isso, a previsão para 2024 é de contarmos com 500 restaurantes”, disse o empresário naquele momento.

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