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Ecoturismo em Ponta Grossa: confira as principais atrações e seu funcionamento

Belezas naturais se tornam opções frente a urbanização e confinamento e se tornam oportunidade de desenvolvimento econômico permanente para a cidade

Desde o início da pandemia você já deve ter visto alguma publicação em suas redes sociais de alguém que foi passear em uma cachoeira, “pico” ou outro tipo de beleza natural. O ecoturismo sempre foi uma vertente forte de Ponta Grossa e dos Campos Gerais, mas com a impossibilidade de viagens a grandes distâncias e a restrição a outros tipos de atividades de lazer dentro do perímetro urbano a visita a locais do interior da cidade tem atraído pessoas que antes não tinham esse costume – o que pode se tornar um vetor de desenvolvimento econômico, se bem aproveitado.

“A grande questão atual é o turismo regional, principalmente o ecoturismo. São grandes tendências para o período de pandemia e também após ele; eu estimo que o setor deve crescer entre 70 a 80% em relação a tempos normais”, avalia o secretário de turismo de Ponta Grossa, Edgar Hampf. “Os deslocamentos a grande distância serão contidos ainda por um tempo, então nesses próximos meses acredito que o ecoturismo vai se intensificar ainda mais – até como resposta à urbanização e ao confinamentos que todos nós nos vimos obrigados a cumprir”, diz ele, lembrando que o setor atrai a geração de empregos e renda para a cidade.

Comumente o setor hoteleiro destaca que em Ponta Grossa os seus hóspedes são provenientes, principalmente, do turismo de negócios, já que a cidade é um polo industrial e também centro de uma região rica em grandes eventos – como os do setor da agropecuária, por exemplo. Conforme destaca a coordenadora do núcleo local de guias de turismo (NGTUR), Rita Martins, as mesmas pessoas que vêm à cidade a trabalho aproveitam para conhecer atrativos turísticos, mas a quantidade de visitantes que vêm exclusivamente a lazer têm aumentado cada vez mais.

“A nossa intenção mesmo é que o pessoal venha a Ponta Grossa para o turismo. Muitos proprietários de áreas lindas aqui da cidade nunca se deram conta do potencial turístico, pensando apenas nas visitas dos próprios ponta-grossenses, mas com o Núcleo surgiram ideias de eventos temáticos, como caminhadas em grupo, o ‘Fuja da folia’ no carnaval, entre outros”, cita Rita.

“Geralmente o pessoal da cidade visita por conta própria, mas quem vem de fora entra em contato conosco para fazer roteiros e visitas guiadas. A gente já recebe muitos grupos do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, por exemplo, e muitos já estão agendando viagens para o próximo ano. O pessoal das grandes cidades quer fugir e o ecoturismo atrai muitas pessoas para trilhas, cachoeiras, rios, aventuras e contemplação”, destaca a coordenadora.

Novidades

A Prefeitura de Ponta Grossa vem trabalhando o turismo junto à iniciativa privada há algum tempo, mas com essa percepção da força com que o segmento vem crescendo está desenvolvendo algumas novas ações. “90% das nossas formações naturais estão em áreas privadas. Estabelecemos um protocolo de segurança viável e permitimos o funcionamento de todas as atrações naturais de interesse turístico no dia 8 de agosto porque vemos essa alterativa como atividade saudável e de baixo risco para frequentadores”, lembra o secretário municipal de Turismo.

Edgar Hampf também ressalta o trabalho de orientação que vem sido feito e adianta novidades que estão sendo desenvolvidas no setor do ecoturismo em Ponta Grossa. “Estamos fazendo mudanças significativas em sinalização virtual e física e também participamos de reunião com o ICMBio [instituto de conservação ambiental] e um empreendedor que está iniciando trabalhos para implantar uma nova atração na cidade, além de conversas com agências de turismo de aventura que estão instalando ou ampliando seus negócios aqui”, conta.

“A iniciativa privada é essencial para o desenvolvimento do turismo, especialmente nessa hora em que recursos públicos estão voltados em sua grande maioria para a saúde e a assistência social”, avalia Hampf.

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Ecoturismo: o que fazer em Ponta Grossa?

Confira, a seguir, uma lista com os principais atrativos naturais da cidade e como estão os seus funcionamentos em meio à pandemia.

Parque Estadual Vila Velha

Reabre em setembro. Composto por três principais atrações: os Arenitos, que são formações rochosas que apresentam formas variadas, como a taça, o camelo, entre outras; as Furnas, que se caracterizam por grandes poços de desabamento com vegetação exuberante e água no seu interior (lençol subterrâneo), e a Lagoa Dourada, que possui este nome porque as suas águas ficam com uma coloração dourada quando reflete a luz do Sol.

Rodovia BR-376, Km 515 s/n, R. Silva Jardim

– Funcionamento: de quarta a segunda-feira, das 9h às 17h

– Entrada: inteira (R$ 84), meia (R$ 42) e morador de Ponta Grossa (R$ 28)

www.parquevilavelha.com.br

Foto: Arquivo DC

Buraco do Padre

Aberto sem atividades de aventura. O Buraco do Padre é uma furna com uma cascata de 30 metros em seu interior, formada pelo Rio Quebra Perna, o que forma um anfiteatro subterrâneo. O Parque também conta com a Fenda da Freira (cavidade natural que passa por um estreito corredor entre paredões esverdeados de até 30 metros de altura, apenas com visita guiada e agendada), além de churrasqueiras e área de lazer. Uma tirolesa está em construção.

Parque Nacional dos Campos Gerais, s/n – Distrito de Itaiacoca, O acesso ao local de ecoturismo em Ponta Grossa se dá pela Rodovia do Talco. A partir do Campus Uvaranas da UEPG deve-se percorrer 16 km e virar à direita numa estrada não pavimentada. Após 6 km deve-se virar à esquerda para o acesso ao Buraco do Padre.

– Funcionamento: de quarta a sexta-feira (entrada das 10h às 17h e saída até às 19h) e sábados e domingos (entrada das 9h às 17h e saída atá às 19 h)

– Entrada: inteira (R$ 30) e meia (R$ 15). Para acesso à Fenda da Freira adicional de R$ 20

www.buracodopadre.com.br

Foto: Arquivo DC

Cânion e Cachoeira do Rio São Jorge

Aberto. O local possui diversas quedas d’água deslizando por rochas, que formam belas cachoeiras, além de áreas de camping, churrasqueiras e paredões que possibilitam a prática de rappel. Também há a opção de um restaurante que oferta buffet livre e espeto na pedra por R$ 40 por pessoa.

O acesso se dá pela rodovia Arichernes Gobbo (deve-se virar à esquerda, após passar o viaduto sobre o pátio da ALL, em direção ao núcleo habitacional Dal Col).Após percorridos 2 km , deve-se virar à direita, passando por baixo de um viaduto da linha férrea. Deve-se seguir em frente por mais 5 km e virar à esquerda, seguindo por mais 1 km até à próxima bifurcação. Deve-se então virar à direita e percorrer mais 2 km até o rio São Jorge.

– Funcionamento: diariamente das 8 às 18 horas

– Entrada: diária (R$ 15), pernoite do camping (R$ 35)

(42) 99961-9894

Foto: Arquivo DC

Cachoeira da Mariquinha

Aberta. A Cachoeira da Mariquinha está a aproximadamente 30 quilômetros do centro de Ponta Grossa. O percurso de acesso ao local é ladeado por formações de arenito e capões de mata nativa. Na cachoeira, os visitantes vislumbram uma cascata de 30 metros de altura e além do espaço para camping há a opção de hospedagem em um chalé com capacidade para até oito pessoas.

PR 513, Km 18,6, s/n. O acesso ao local se dá pela Rodovia do Talco. No Km 18,6, a partir do Campus Uvaranas da UEPG, logo após o vilarejo do Passo do Pupo, deve-se virar à direita para uma estrada não pavimentada. Após percorrer 1,4 km deve-se virar à direita em uma bifurcação e seguir pela mesma estrada (atenção às várias porteiras que necessitam ser abertas) por 7,6 km até chegar ao atrativo.

– Funcionamento: diariamente das 8 às 18 horas

– Entrada: diária (R$ 15), pernoite do camping (R$ 30), chalé para oito pessoas (R$ 350, de sexta-feira a domingo)

(42) 98834-7490

Foto: Arquivo DC

Balneário Capão da Onça

Aberto. O local, banhado pelo Rio Verde, conta com cachoeiras, piscinas naturais e algumas corredeiras e encontra-se a 15 km do centro de Ponta Grossa, em direção ao distrito de Itaiacoca.

Rodovia do Talco, km 7. O acesso a este local de ecoturismo em Ponta Grossa é realizado pela rodovia PR-513, popularmente conhecida como Rodovia do Talco, onde, após o campus Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o visitante deve seguir por 7,8 km, virar à direita e percorrer mais 1 km.

– Funcionamento: diariamente das 8 às 18 horas

– Entrada: diária (R$ 15), pernoite do camping (R$ 30), chalé para oito pessoas (R$ 350, de sexta-feira a domingo)

(42) 98834-7490

Foto: Arquivo DC

Furnas do Passo do Pupo

Aberto. As furnas do Passo do Pupo pertencem ao Refúgio das Curucacas, que possui três segmentos: hospedagem (ecocamping, com previsão de reabertura em setembro), ecoturismo (caminhadas ecológicas, ainda não liberadas) e turismo de aventura (escalada, também ainda não liberada). As furnas estão disponíveis e podem ser acessadas por trilhas, que devem ser agendadas por serem guiadas, ou aproximação de carro (autoguiado, sem necessidade de agendamento).

– Funcionamento: diariamente das 9h às 18h

– Entrada: acesso de carro (R$ 5/pessoa), ou Trilha Refúgio x Furnas Gêmeas (3 km, R$ 10, ou Trilha Refúgio x Furna Grande (4 km, R$ 10) ou Circuito Furnas do Passo do Pupo (5 km, R$ 15).

https://refugiodascurucacas.com.br/

Foto: Divulgação

Recanto Botuquara

Aberto. O parque dispõe de cachoeiras, piscinas, toboágua, lago para pesca, quadra esportiva, bosque com trilhas, área para churrasqueiras, espaço para camping e lanchonete.

O acesso ao local se dá pela Rodovia do Talco. No Km 16,2 deve-se virar à direita para uma estrada não pavimentada. Após percorrer mais 4,2 km seguindo as placas indicativas chega-se ao Recanto Botuquara.

– Funcionamento: diariamente das 9h às 18h

– Entrada: diária (R$ 30) e camping (R$ 55, com entrada no sábado 9h e saída até domingo 18h)

https://www.recantobotuquara.com.br/

Foto: Arquivo DC

Represa Alagados

Aberta. Há uma trilha na região da represa do Alagados que pode ser acessada livremente. A área que pertence ao Iate Clube é exclusiva para associados; não-sócios podem desfrutar apenas do restaurante.

O acesso a esta opção de ecoturismo em Ponta Grossa se dá pela rodovia Arichernes Gobbo (deve-se virar à esquerda, após passar o viaduto sobre o pátio da ALL, em direção ao núcleo habitacional Dal Col).Após percorridos 2 km , deve-se virar à direita, passando por baixo de um viaduto da linha férrea. Deve-se seguir em frente por mais 9 km e virar à esquerda numa bifurcação. Serão percorridos mais 4 km até a represa dos Alagados.

– Funcionamento (área Iate Clube): de sexta-feira a domingo das 9h às 21h

(42) 3222.9960 (Iate Clube)

Foto: Arquivo DC

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