Em reunião realizada na noite da segunda-feira (3) na sede da CCR Rodonorte, a administração da concessionária e membros da diretoria da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) debateram questões ligadas ao futuro das concessões rodoviárias no estado.
No encontro, o presidente da CCR Rodonorte, José Alberto Moita, apresentou dados sobre o trabalho desenvolvido pela empresa no trecho em que opera, ressaltando pontos importantes como redução no número de mortes por acidentes, que caiu 75% desde que a concessão foi iniciada, por exemplo. Isso fruto de um trabalho de melhorias na estrada e das campanhas de conscientização, disse.
Logo depois da apresentação entrou em pauta a discussão a respeito das concessões nas rodovias do Paraná para os próximos anos. Segundo o presidente da CCR, em 2021 se encerram os contratos em vigência e é preciso que a sociedade comece a discutir quais serão os rumos que serão tomados para os próximos anos. Acho pouco provável que o estado e a união recuperem suas economias a ponto de retomarem essas rodovias, por isso acredito que será feito um novo chamamento para administração dessas estradas. Os paranaenses precisam começar a pensar quais obras serão prioridades, quais tarifas podem ser cobradas e como isso será feito. Não é uma licitação para comprar cadeiras, é um processo complexo que leva tempo, apontou Moita, lembrando que essa decisão é crucial para o futuro dos investimentos em infraestrutura no Paraná.
Para o presidente da ACIPG, Douglas Taques Fonseca, o trabalho que a CCR Rodonorte vem fazendo é destaque em termos de atendimento e que merece elogios, sendo que ele também acredita que a privatização das rodovias que cortam a região deve prosseguir. Dificilmente vão acabar com a concessão. É uma coisa muito difícil de implantar, depois que está feito, depois que as pessoas se acostumaram e aceitaram o serviço não acho que os governantes vão querer tirar. A preocupação do presidente da ACIPG, entretanto, está diretamente ligada aos valores que são cobrados pelas concessionárias. Não temos como falar isso aqui e agora porque não sabemos minucias do contrato, não temos esses detalhes. Mas vamos estudar o caso, trazer especialistas para debater e depois tomar uma posição, comentou.