Com a imposição de limite de gastos e proibição de doação de pessoas físicas paras as campanhas, a tendência é que as propagandas apresentem reflexos destas alterações, com programas mais modestos e menos impactantes.
As produções no rádio e na TV têm custo elevado, então os candidatos terão de fazer uma equação com esses recursos e voltar a uma espécie de velha política, que é a participação nas ruas, visitando suas bases. Estamos diante de um laboratório, com alterações significativas, aposta Armando Antônio Sobreiro Neto, coordenador das Promotorias de Justiça Eleitorais do Ministério Público do Paraná.
O efeito que a redução do tempo de campanha vai ter só vamos conseguir mensurar a partir do início da veiculação dos programas. A mudança no tempo vai impactar, acredito, principalmente para os candidatos de partidos pequenos que não são muito conhecidos da população e que já tinham pouco tempo no bloco de 20 minutos. Agora eles terão menos ainda. A redução do horário gratuito de propaganda eleitoral tende a favorecer quem já é conhecido dos eleitores, analisa Camilla Tavares, professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), doutoranda em comunicação e pesquisadora de campanha eleitoral.