Um vídeo que mostra um médico rompendo a bolsa amniótica após um bebê ter nascido dentro do dela intacta viralizou nas redes sociais (veja abaixo).
A condição é rara, já que na maior parte dos casos os partos normais acontecem após a bolsa, que protege o bebê durante a gravidez, “estourar”, e é chamada de parto empelicado.
O caso aconteceu no Hospital Bom Jesus em Rondônia, em novembro do ano passado, e o vídeo foi divulgado pela própria mãe da criança no seu perfil de Instagram, onde possui 21.833 curtidas, mas replicado por diversas outras contas.
Uma delas, por exemplo, é a de Sergio Carlo, ator e ativista político da República Dominicana. O seu tweet, publicado às 11h deste domingo (17), em dois dias já ultrapassava 14,1 milhões de visualizações, 151,4 mil curtidas e 17 mil retweets (compartilhamentos).
Veja o vídeo:
Parto empelicado
De acordo com o médico obstetra Hemmerson Magioni, estima-se que apenas 1 bebê a cada 80 mil nasça dentro da bolsa intacta.
“Não é possível prever um parto empelicado através de exames. Evitá-lo é possível! A bolsa amniótica pode, e quase sempre no mundo moderno, é rompida pelo médico durante o trabalho de parto afim de acelerar e aumentar as contrações”, comenta.
“Não existe malefício para a mãe e para o bebê. Talvez o fato do bebê não ter contato com a flora bacteriana vaginal da mulher possa ser um suposto malefício. Estudos recentes apontam que a passagem pelo canal vaginal da mãe seja importante para colonizar o bebê com baterias e micro-organismos para os quais o bebê recebeu imunidade, desta forma isso seria importante para ligar o sistema imunológico do bebê de uma forma mais precoce e efetiva. Então no parto empelicado, com a bolsa integra, o bebê não terá o contato com essa flora bacteriana importante. Mas isso são só reflexões baseada nas teorias do Microbirth”, explica.