Lílian Yara de Oliveira Gomes – CRP 08/17889

 “De acordo com a Psicologia, a atitude é comportamento habitual que se verifica em circunstâncias diferentes. As atitudes determinam a vida anímica de cada indivíduo”. Refere-se a um conjunto de “emoções, crenças e comportamentos em relação a um determinado objeto, pessoa, coisa ou evento”.

É constituída por dimensões cognitivas, afetivas e comportamentais. E, sempre terá consequências, e mesmo se não “tivermos atitude”, também representa uma tomada de decisão. As nossas decisões e/ou atitudes poderão determinar as atitudes dos que estão ao nosso lado, no nosso convívio familiar e societário. Nesse sentido vamos encontrar o apoio teórico na Psicologia Sistêmica, que nos orienta como perceber que a minha atitude individual poderá afetar todo um sistema. Por exemplo, “a nossa cultura pessoal, trajetória, núcleo familiar, relacionamentos”.

Por isso, se faz necessário estarmos atentos a comportamentos, às relações interpessoais, às atitudes, pois os resultados de uma atitude, nem sempre ficam restritas às pessoas e/ou situações de ligação direta e reverberam como ondas concêntricas em toda a família e até na sociedade como um todo.

Casos de abuso sexual, de acidentes de trânsito, de “bullying” tanto entre alunos como entre trabalhadores, impactam indiretamente podendo trazer consequências dolorosas e até sofrimento psíquico. Também, tomamos conhecimento de rixas familiares onde a rivalidade, a ganância e o poder são disputados. Essas situações impactam no comportamento, nas emoções e no enfrentamento de todos nós. Aqui cabe a avaliação recebida em terapia: “no mundo individualista em que vivemos, o pensamento do senso comum é que “minhas decisões e escolhas só interessam a mim”.

Mas a realidade não é essa. Cada decisão, cada escolha que tomamos na vida, afeta direta, ou indiretamente a rede de pessoas que nos cercam. Sejam boas ou más, seus efeitos vão se propagar como uma bomba quando explode”.

Portanto, uma parcela, uma atitude por menor que seja, uma vez acionada, sempre repercutirá no “outro”. Esse eco é inevitável! E os “estilhaços” machucarão quem fizer parte desse universo.