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Audiência discute alteração de áreas ambientais na região

Proposta de alteração na Escarpa Devoniana, que compreende 12 municípios dos Campos Gerais é tema de discussão em PG nesta sexta-feira

Pedro Oliveira/Alep/Divulgação
Plauto: “A audiência é importante para que as pessoas saibam exatamente o que está se discutindo”. Péricles: “Temos que achar uma forma democrática de atender o interesse econômico que também atenda os interesses da preservação ambiental”

 

Ponta Grossa recebe nesta sexta-feira (10), às 9 horas, no Cine Teatro Ópera, uma audiência pública para discutir o projeto de lei nº 527/2016, que altera os limites da Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana. A área de proteção ambiental abrange 392 mil hectares e compreende 12 municípios da região dos Campos Gerais. A audiência foi proposta pelos deputados Plauto Miró Guimarães Filho (DEM), 1º secretário da Alep; Rasca Rodrigues (PV), presidente da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais; Péricles de Mello (PT), presidente da Comissão de Cultura; e Pedro Lupion (DEM), presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

Segundo os deputados, a audiência permitirá esclarecer alguns pontos da proposta que geram divergências entre os parlamentares e dará a oportunidade de ouvir especialistas e comunidade sobre a possível redução dos atuais limites da Escarpa Devoniana.

O deputado Plauto Miró que, com os deputados Ademar Traiano (PSDB) e Luiz Claudio Romanelli (PSB), assina o projeto de lei, reconhece a polêmica da proposta e, diante disto, a necessidade de discutir com a comunidade em um trabalho conjunto das comissões técnicas permanentes da Assembleia. “A audiência é importante para que as pessoas saibam exatamente o que está se discutindo. O que estamos vendo é uma posição ideológica, onde estão dizendo que todas as belezas naturais que existem dentro da Escarpa Devoniana serão destruídas. E não é verdade. Esse projeto de lei vai justamente proteger essas áreas”, argumentou. “Aqueles que puderem estar presentes nessa audiência, que vai ser técnica e não vai ter a posição política, vai poder saber exatamente aquilo que estamos falando”, completou Plauto Miró.

Meio termo

Para Péricles de Mello, é preciso encontrar um meio termo para resolver a questão. “Temos que achar uma forma democrática de atender o interesse econômico, necessário para o desenvolvimento da Região e do Brasil, que também atenda os interesses da preservação ambiental de uma região maravilhosa como é a dos Campos Gerais, o que abre imensas possibilidades para o turismo e novas formas de desenvolvimento equilibrado e autossustentável”, afirma o parlamentar.

Serão ouvidos representantes da Fundação ABC, que fez o estudo científico do projeto; da Federação da Agricultura do Estado do Paraná; da Sanepar; da Universidade Federal do Paraná; prefeitos; membros do Ministério Público; da Universidade Estadual de Ponta Grossa e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

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