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Óbitos disparam e janeiro é o mês mais mortal da covid em Ponta Grossa

Arte: dcmais

A disparada do número de casos ativos da covid-19 em Ponta Grossa reflete no número de leitos ocupados nos principais hospitais da região e também no número de óbitos pela doença. Mesmo com seis dias até o término do mês, janeiro já é o mês com maior número de mortes desde o início da pandemia. Ao todo, 61 pessoas perderam a batalha para o coronavírus nas primeiras semanas de 2021.

O dado indica que quase três ponta-grossenses estão morrendo por dia em virtude da infecção. Esse número nunca foi atingido desde que a cidade computou o primeiro óbito, em 9 de junho do ano passado, quando o motorista Valdevino de Jesus Rocha, de 68 anos, não resistiu às complicações da doença.

Até então agosto era o pior mês em registro de falecimentos pela covid na cidade, com 53 óbitos. Desde lá Ponta Grossa apresentava queda nessa triste estatística. Os levantamentos da Fundação Municipal de Saúde mostram que setembro teve 50 óbitos, outubro diminuiu para 42 e em novembro caiu para 17.

No entanto, a partir de dezembro, com as festas de final de ano, quando a população relaxou nos cuidados, o contágio cresceu e as mortes caminharam no mesmo sentido, atingindo a marca de 31 perdas no último mês de 2020 e chegando ao pico antes mesmo de janeiro terminar.

Conforme se projetava, o relaxamento no final do ano tornou Ponta Grossa a cidade com o maior número de casos ativos no Paraná – à frente até da capital Curitiba. As mortes dispararam igualmente. De 208 na virada do ano, o número total está em 269 apenas 25 dias depois.

Projeção preocupa

Se mantiver a progressão aritmética de mortes computadas, Ponta Grossa deve chegar a mais 15 óbitos até a virada do mês. A projeção sugere que o município fechará janeiro com 76 mortes, chegando ao total de 284 no próximo domingo, dia 31.

Caso essa projeção se concretize, o mês de janeiro representará 36,5% de todas as mortes confirmadas pela Fundação Municipal de Saúde em 2020.

Só nos últimos três dias, a FMS divulgou nove perdas pela doença. Entre elas está a de um homem na faixa etária de 30 a 39 anos – idade com baixo volume de óbitos pela covid-19 na cidade.

Outra morte significativa foi do engenheiro civil Irajá Meira Barbosa, de 55 anos, no Hospital do Coração Bom Jesus. Ele trabalhava na Companhia Pontagrossense de Serviços (CPS), deixou esposa e quatro filhos. A prefeita Elizabeth Schmidt e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa, na qual Irajá atuou como diretor, emitiram notas de pesar.

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