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Caminhoneiros fecham trecho da PRC-373 em Ponta Grossa

 

Descontentes com o governo de Dilma Rousseff (PT), que em fevereiro prometeu atender as reivindicações do setor de transportes, porém não tirou as medidas do papel, os caminhoneiros voltaram a protestar nesta segunda-feira em diversos pontos do país. Em Ponta Grossa e região não foi diferente. Por volta das 15h40 de hoje um grupo fechou parcialmente a PRC-373, nas proximidades da Fundição Hübner (Jardim Los Angeles). A pista foi interditada nos dois sentidos, com queima de pneus. Por mais de uma hora apenas veículos de passeio e ônibus passavam pelo local. O congestionamento passou de três quilômetros no sentido Castro/Ponta Grossa e de um quilômetro e meio no contrário, neste caso por haver desvio. A Polícia Rodoviária Estadual acompanhou a manifestação pacífica e os bombeiros foram acionados para apagar o fogo.

Em trechos de Guarapuava e São Mateus do Sul também ocorreram protestos durante o dia, bem como entre Curitiba e Ponta Grossa (BR-376, próximo de Witmarsun). Em União da Vitória (BR-476) os caminhoneiros protestaram no km 358, em Ibaiti (BR-153) no km 11, em Paranavaí (BR-277) no km 339, em Nova Esperança (BR-376) no km 133 e em Apucarana (BR-376) no km 245. Em todos estes a Polícia Rodoviária Federal foi acionada. Já em trechos de Pitanga e Manoel Ribas a Polícia Rodoviária Estadual foi chamada.

A paralisação pegou de surpresa o caminhoneiro, Joaquim Cruz da Silva. Ele contou à reportagem do DIÁRIO DOS CAMPOS que não sabia do protesto. O trabalhador havia saído de Jataí (São Paulo) e o destino era o Mato Grosso, porém ficou na fila em Ponta Grossa por mais de uma hora. “Se for para ajudar, quero ajudar. Está péssimo para todo mundo, para o patrão e empregado, é preciso ver as duas partes”, diz.

Na profissão há 16 anos, o caminhoneiro, Luciano Pedro dos Santos, não concorda com a paralisação, mas defende mudanças. “Tá ruim para o setor. Precisa diminuir o pedágio, as rodovias estão arrebentadas. O caminhão está com o eixo erguido e precisa pagar e o frete está defasado”, reclama.

Reivindicações

Em fevereiro, os caminhoneiros pediam a redução do preço do óleo diesel, a criação de tabela com valor mínimo de frete, refinanciamento bancário, liberação de crédito de R$ 50 mil com juros subsidiados para transportadores autônomos e anulação das multas aplicadas a caminhoneiros por ocasião da greve naquele mês. Hoje o setor faz os novos pedidos e quer também a renúncia da presidente Dilma.

 

Fábio Matavelli
Protesto na PRC-373 começou ontem por volta das 15h40. Houve queima de pneus por mais de uma hora, quando os bombeiros apagaram o foto. O congestionamento passou de três quilômetros no sentido Castro/Ponta Grossa

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