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Ponta Grossa não registra paralisação de caminhoneiros

Caminhoneiros acreditam que o momento não é propício para paralisação. Foto: José Aldinan

A paralisação dos caminhoneiros, que começou nesta segunda-feira (1°), comprovou a divisão que existe dentro da categoria. Nem todos aderiram à greve nacional. Em Ponta Grossa e demais cidades dos Campos Gerais, as autoridades não registraram manifestações e o fluxo de veículos não sofreu alterações.

“Todas as rodovias federais no Paraná encontram-se com livre fluxo de veículos, não havendo nenhum ponto de retenção total ou parcial”, publicou o departamento de comunicação da Polícia Rodoviária Federal pelas redes sociais.

Em contato com a reportagem, o capitão Márcio Verner, da PRE, frisou o mesmo cenário nas rodovias estaduais, com situação de tranquilidade para tráfego.

Ainda na última sexta-feira (29), a Justiça havia concedido duas liminares proibindo o bloqueio da BR-116 e da BR-376. Porém, os trechos englobados ficam próximos da capital Curitiba – entre Paraná e Santa Catarina; e Paraná e São Paulo.

Isso não significa que não há motoristas mobilizados. O Conselho Nacional dos Transportes Rodoviários de Cargas (CNTRC) é favorável ao movimento. A entidade tem participantes em 22 estados do país e havia informado que faria manifestação sem bloqueios, diferente do que ocorreu em 2018.

Contudo, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística e a Confederação Nacional do Transporte se posicionaram contra a paralisação dos caminhoneiros neste momento. A cisão entre entidades representativas se reflete na baixa força do movimento no primeiro dia.

Baixa adesão

Na sexta-feira (29), a equipe do DC esteve em dois pontos de parada no Distrito Industrial de Ponta Grossa. Em conversas informais com caminhoneiros foi possível constatar que os próprios motoristas, sejam autônomos ou empregados de transportadoras, não estavam convencidos sobre a paralisação.

“A maioria não está aderindo. O momento não é propício. Não podemos paralisar todo o país”, disse Edson Vieira, caminhoneiro há 31 anos e morador de Jaguaruna, em Santa Catarina. Ele não negou as dificuldades em relação aos fretes, preço de combustíveis e pedágios. “Está difícil para nós. Mas também está difícil para todos os setores”, completou Vieira, que é empregado de uma transportadora.

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